Na segunda-feira, lembramos da criação do município de Santa Cruz do Sul, em 28 de setembro de 1878. Ontem, foram comemorados os 138 anos da sua emancipação política e administrativa.
O auto de instalação da Câmara Municipal da Viela de São João de Santa Cruz, além de fixar as divisas territoriais, traz informações curiosas. A população do novo município era de 10 mil pessoas. Destas, cerca de mil residiam na vila. Havia 150 casas, cinco escolas e três sociedades.
No verão, a temperatura média ficava em 24,5 graus. No outono, 18,5; no inverno, 14 graus, e na primavera, em 20 graus.
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Para o funcionamento da Câmara, Rio Pardo enviou um enxoval com as seguintes peças: sete cadeiras de braço, cinco dúzias de cadeiras de couro, dez metros de pano verde, três metros de pano amarelo, uma resma de papel fino, 200 envelopes, seis copos de vidro e duas escrivaninhas de madeira.
E mais: uma escrivaninha grande, uma escrivaninha de bronze, uma dúzia de lápis, oito livros de cem folhas, duas talhas para água, um sinete de latão com as armas do Império, uma taboleta, uma caixa de penas Maclat, uma dúzia de canetas finas, um caixão, um armário, duas mesas grandes, dois bancos para as talhas, uma mesa para o secretário e dois bancos para réus.
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A primeira sessão extraordinária da Câmara ocorreu ainda no dia 28, presidida por Joaquim José de Brito. Em 15 de outubro de 1878, aconteceu a primeira reunião ordinária, dirigida por Carlos Trein Filho.
Na época, não existia a figura do prefeito e quem comandava os municípios era a Câmara. A sede do governo permaneceu no prédio onde hoje é a Drogaria Santa Cruz até 1889. Naquele ano, ocorreu a mudança para o Palacinho, na Praça da Bandeira.
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