O terceiro tropeço do Internacional em quatro jogos na Série B do Campeonato Brasileiro voltou a gerar protestos de torcedores e cobranças dentro do próprio grupo de jogadores. Na noite deste sábado, 3, no Beira-Rio, o Colorado largou na frente no placar, mas, assim como ocorreu no duelo contra o ABC, na estreia em casa, dia 20 de maio, cedeu o empate ao Juventude e terminou o jogo sob vaias. A equipe não lembrou em nada aquela que teve grande atuação na vitória por 2 a 1 sobre o Palmeiras na quarta-feira, 31 de maio, pela Copa do Brasil.

“Danilo, guerreiro, o resto é pipoqueiro”, gritou um grupo de torcedores no lado de fora do estádio, depois do empate em 1 a 1 com o Juventude. O goleiro colorado realmente foi o nome da partida ao evitar a vitória de virada do time de Caxias do Sul. Danilo Fernandes também ficou indignado com o resultado e cobrou o elenco. “Está difícil de entender, mas a gente não pode empatar. Com todo o respeito ao Juventude, que é uma grande equipe, mas se quer subir para a Série A não pode empatar em casa”, enfatizou.

O jogador sequer demonstrou vontade de comemorar a própria grande atuação. “Estou aqui para trabalhar. É meu trabalho fazer estas defesas, faz parte”, resumiu Danilo Fernandes. O volante Edenilson foi outro a deixar o gramado com lamentos. “Controlamos boa parte (do jogo) e estava sob controle. Temos que decidir logo o jogo. A desatenção decidiu de novo”, avaliou. No lado de fora do Beira-Rio, os protestos dos torcedores continuavam: “Vergonha, time sem vergonha”. O zagueiro Léo Ortiz era o principal alvo da ira da torcida.

Vice de Futebol atribui resultado aos desgaste físico
O vice-presidente de Futebol do Internacional, Roberto Melo, colocou na conta da sequência de jogos a culpa pela atuação insuficiente do time para voltar a vencer na Série B. “O time sentiu muito o desgaste do jogo de quarta-feira (contra o Palmeiras, no Beira-Rio). Assim como foi nos outros na Copa do Brasil. Quando não se consegue um bom resultado, temos que avaliar. Hoje ficou evidente o desgaste, a questão física”, avaliou.

Mas o dirigente também fez cobranças. “A gente não pode, em dois jogos, não vencer. A cobrança no vestiário foi forte e temos a obrigação de jogar mais. Não estou colocando a culpa na comissão (técnica, liderada por Antônio Carlos Zago) que saiu, eles fizeram o melhor que podiam. Todos temos que melhorar na atitude dentro de campo. Não apenas a parte física, mas a questão da concentração também em campo. Não podemos parar em campo”, apontou Melo.