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MEMÓRIA

Zumbido da abelha: motos Vespa foram tendência nas décadas de 50 e 60

Arquivo Gazeta do Sul

Muitos ainda lembram da moto (scooter) Vespa, que foi o sonho de consumo da juventude nas décadas de 1950 e 60. Há poucos dias, ela completou 78 anos e sua história é um exemplo de como é possível reinventar-se após uma grande crise.

Terminada a 2ª Guerra Mundial, o empresário italiano Enrico Piaggio buscou formas de aproveitar as sucatas que restaram da sua fábrica de aviões. A opção foi produzir um veículo motorizado, de baixo custo, para atender a população em seus deslocamentos. Nasceu então a Paperino (nome do Pato Donald em italiano), uma moto pequena e que rodava 64 quilômetros com um litro de gasolina.

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Como a primeira versão não agradou, o empresário pediu ao designer de aviões Corradino D’Ascanio a revisão do projeto. Ele realocou o motor para a parte traseira, que ganhou forma arredondada; criou o estepe e a carenagem frontal, para proteger  o condutor do barro e da poeira.

Sem o motor no centro do quadro, como nas motos tradicionais, o condutor não precisava mais “montar” no veículo. Bastava sentar no selim, recolher as pernas para trás da carenagem e apoiar os pés no assoalho. As mulheres podiam pilotar usando vestido.

Como o barulho do motor lembrava o zumbido de uma abelha, a nova versão foi batizada de Vesparina (Vespa). O veículo, que fugia dos padrões, recebeu críticas no início, mas quando apareceu nos filmes A Princesa e o Plebeu e La Dolce Vitta, virou o queridinho dos jovens de todo o mundo e as vendas explodiram.

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Em Santa Cruz, elas foram bastante populares. Nos finais de semana, os jovens estacionavam as “abelinhas” na frente do Quiosque, dos cinemas e clubes. Também eram comuns as gincanas de tarefas com as motinhos correndo pelas ruas, e os passeios pelos arredores da cidade.

Uma Vespa que se tornou popular no município foi a de Loni Germansen. Com 22 anos, casada e mãe, a securitária da Hans Nauer Seguros adquiriu uma scooter para visitar seus clientes. Muita gente escandalizava-se ao ver uma mulher pilotando moto. 

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