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direto da redação

Zelar pelo espaço público é cultural

Chegamos a um final de semana que convida a recolhimento em ambiente familiar, e até à introspecção. A isso sinaliza a Páscoa, com os ritos de espiritualidade associados à morte e à ressurreição de Cristo, como sugerem as Sagradas Escrituras. É um contexto ainda marcado pelo outono, com dias e noites mais frias e com mudança na tonalidade das folhas de muitas espécies de árvores.

A Páscoa também é um período do ano que nos reaproxima em comunidade, e certamente nos reconecta com a natureza e o universo em que vivemos ou passamos os nossos dias. Nesse sentido, num olhar sobre a realidade urbana (também a rural, não há por que não se ocupar igualmente dos espaços coletivos, de estradas e áreas comunitárias ou escolares no interior), não há como não ter presente, flagrante, o quanto os espaços de convivência coletiva (ou públicos, como os nomeamos) andam descuidados. Não seria despropósito dizer que tudo que está da porta para fora de lares ou empresas e entidades virou meio que terra de ninguém. Logo, terra em que ninguém assume responsabilidade ou culpa, ou em que poucos se comprometem efetivamente a zelar pelo patrimônio coletivo. E zelar não compete só ao poder público, aos órgãos responsáveis: estes nunca darão conta de tanta demanda e de tanta gente decidida a causar danos. Quem deve zelar é a sociedade, a coletividade.

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Na Redação Integrada da Gazeta, têm sido frequentes os contatos de pessoas referindo o quanto, a cada manhã, surge lixo ou se verificam danos causados a plantas, floreiras, lixeiras, em especial nas áreas onde ocorre atendimento noturno em bares, restaurantes ou outros estabelecimentos. É como se, à noite, ao final do expediente, tais ambientes apenas fechassem a porta, recolhessem mesas ou cadeiras em calçadas ou imediações, e o que os consumidores ou frequentadores deixaram no espaço público não fosse com eles. Que alguém se vire com isso.

Um estabelecimento deve providenciar ao final do expediente de um dia o ambiente limpo, arrumado, com o qual abrirá no dia seguinte, e no qual o público se movimentará já na primeira hora. E não delegar para amanhã (pior ainda, para outros: vizinhos, funcionários públicos etc.) aquilo que é de sua inteira e única responsabilidade. A órgãos públicos cabe não limpar o que algum empreendedor deixou de sujeira ou lixo em ruas e calçadas, e sim cobrar providências. Multar, se preciso. Até porque no dia seguinte, moradores e turistas desde cedo circulam por tais espaços.

Em um final de semana de feriado estendido, em que se realimenta o convívio fraterno e respeitoso, em família e em comunidade, vale olhar à volta, nos espaços públicos, e conferir se está tudo bem, se tudo está sendo feito de acordo com o que as regras de bom convívio requerem. Até para perceber quem de fato age bem, e quem não age tão bem assim. Bom fíndi, e uma Feliz Páscoa.

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