Cultura e Lazer

Zé Carioca completa 80 anos desde a primeira aparição pública

Você aí, leitora ou leitor, certamente nem se deu conta do fato, mas a verdade é que nesta semana, no dia 24 de agosto, um dos mais famosos personagens brasileiros esteve de aniversário, e completou nada menos do que 80 aninhos! Isso mesmo! O nosso querido José Carioca, ou, mais exatamente, Zé Carioca, para os íntimos, completou exatas oito décadas desde sua primeira aparição pública, em 24 de agosto de 1942. Foi então que o seu papai e mentor, o famosíssimo desenhista e artista norte-americano Walt Disney, permitiu ao mais brasileiro de todos os papagaios que desse o ar da graça, por assim dizer.

Que leve uma boa bicada quem (e não importa a idade que informe) já não tenha se encantado, deliciado e divertido com as peripécias do malandro. Como todos bem sabem, ele mora na Vila Xurupita, no subúrbio carioca, que foi onde Walt o radicou, no início daqueles paradoxais anos 40. Na imensa família Disney, essa que o mundo inteiro conhece de cor e salteado, é o amigo brazuca, um dos mais famosos brasileirinhos de todos os tempos, de Pato Donald, Panchito, Pedrão, Afonsinho, Amadeu e, claaro, como esquecer!, Nestor!

LEIA TAMBÉM: Comediante Bruna Louise diverte público no Teatro Mauá

Publicidade

É na companhia dos sobrinhos Zico e Zeca que o bicudo, espertinho e bom de cantoria, passa seus dias. Que, vejam só, exigem destreza e ginga para desviar do caminho do Zé Galo e do Rocha Vaz, com quem tem rixas eternas. Bem, ao menos Walt Disney criou também a Rosinha para colorir (de rosa) os seus dias, a Rosinha que arranca os seus suspiros, e pela qual até perderia algumas penas. É esse personagem, malandrão mas cativante, apoiado em seu indefectível guarda-chuva (uma bengalinha agora providencial para seus 80 anos bem voados), que surgiu no já distante 1942, nas tirinhas diárias da série Silly Symphonies.

Já no ano seguinte, popularizava-se de vez no cinema, em Saludos Amigos (Alô, Amigos). Que foi uma estratégia de Disney (e dos Estados Unidos) para cativar a opinião pública mundial a favor dos Aliados na Segunda Guerra, então em curso, isso já é mais do que conhecido. No entanto, acima e além desse momento histórico específico, ninguém pode ignorar que Zé Carioca e seus amigos fizeram história por conta própria, e se firmaram, com seus enredos e peripécias, no imaginário de gerações e gerações.

LEIA TAMBÉM: Lygia Bojunga faz 90 anos e escritores falam sobre a autora de “A Bolsa Amarela”

Publicidade

Zé Carioca tornou-se um símbolo definitivo, perene, do jeito de ser do brasileiro, mesmo que o brasileiro não seja esse malandro, preguiçoso e espertalhão que, supostamente, o papagaio seria. Para o mundo, ele carrega as cores amarelo, verde e azul que são também as da nossa bandeira, essa de um país em vias de completar 200 anos de independência. As características, vale ressaltar, são as do personagem ficcional, dos quadrinhos e das telas; se elas por acaso, muito por acaso, também se assentam a alguns personagens de carne e osso, isso já não é culpa do papagaio, mas de quem, no mundo real, assume seus traços de comportamento ou caráter.

Só no bico

Em 1941, Walt Disney passou alguns dias no Rio de Janeiro, hospedando-se no Copacabana Palace. Por esses dias, conviveu com o cartunista José Carlos de Brito e Cunha (1884-1950), popularmente chamado J. Carlos, que então desenhava versões nacionais dos personagens de Disney. Há quem diga que Walt teria feito o primeiro esboço de um José Carioca, um papagaio estilizado, homenageando no nome o amigo artista. Talvez tenha tido mais de uma inspiração, mas a verdade é que uma das aves mais populares dos trópicos só poderia mesmo se prestar para representar o Brasil naqueles anos do século 20. Com o lançamento mundial de Alô, Amigos, produzido em 1942 e levado às telas no ano seguinte, era José Carioca (isto é, Zé Carioca) quem apresenta Pato Donald… à cachaça e ao samba!

LEIA MAIS NOTÍCIAS DE CULTURA E LAZER

Publicidade

Quer receber as principais notícias de Santa Cruz do Sul e região direto no seu celular? Entre na nossa comunidade no WhatsApp! O serviço é gratuito e fácil de usar. Basta CLICAR AQUI. Você também pode participar dos grupos de polícia, política, Santa Cruz e Vale do Rio Pardo 📲 Também temos um canal no Telegram! Para acessar, clique em: t.me/portal_gaz. Ainda não é assinante Gazeta? Clique aqui e faça sua assinatura agora!

Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

Share
Published by
Carina Weber

This website uses cookies.