Santa Cruz do Sul

Memória: antes das festas de São João, balões voavam sobre Santa Cruz

Na próxima sexta-feira, 24, em muitas cidades, serão realizadas festas em homenagem a São João, com queima de fogueiras e brincadeiras juninas. Nosso município, que nasceu com o nome de São João de Santa Cruz, tem o santo como padroeiro e, no passado, realizava várias atividades em nome dele. As festividades eram organizadas por escolas e entidades, com fogueiras, explosão de rojões, danças, comidas e bebidas típicas. Também a gurizada montava fogueiras nos terrenos baldios. Para que queimassem por mais tempo, colocavam pneus no meio das madeiras e incrementavam com taquaras, que estouravam com o fogo.

Maristas confeccionavam balões enormes e a soltura ocorria no pátio da escola | Foto: Arquivo de Luiz Kuhn

Nas décadas de 1930/1940, até o balonismo tinha adeptos por aqui. Durante a semana que antecedia a data alusiva a São João Batista, a brincadeira movimentava a cidade. O fotógrafo Guilherme Kuhn registrou alguns desses eventos. O balonista mais popular era Arthur Gerhardt, que confeccionava balões com mais de um metro de altura, com armação de arame. Eram fechados com papel grosso e decorados com fitas coloridas. A soltura ocorria em terrenos no Centro e atraía muitos curiosos, que ficavam observando a geringonça até ela desaparecer.

Os Irmãos Maristas, do Colégio São Luís, realizavam festa em homenagem ao santo e soltavam balões no pátio da escola. Eles voavam com bonecos de pano pendurados em volta, o que provocava boas risadas do público. Bruder (irmão) Anton era o coordenador da brincadeira. Na boca do artefato, havia uma tocha feita com saco de aniagem embebido com querosene ou parafina. Quando era ateado fogo, o ar de dentro ficava mais leve e o balão subia. A parafina era o combustível preferido, pois queimava devagar e o voo durava mais tempo. Desde 1998, as brincadeiras com balões estão proibidas no País.

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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