“Why Not?” propõe uma reflexão sobre a aventura de viver

“Os filhos conhecem pouco da gente e os netos menos ainda.” Foi com esse pensamento que a psicóloga e cientista social Magda Raupp resolveu escrever um livro. Why Not? reúne 78 crônicas autobiográficas que instigam o leitor a pensar sobre temas universais como família, feminismo, adolescência, trabalho, sexo e amor. Segundo a autora, ele é uma reflexão sobre a aventura de viver e os desafios, escolhas e aprendizados dessa jornada. Why Not? foi escrito para os netos: Alexandre, em Berlim; Mauricio, em Dallas; e Julia, que vive no Tahiti.

O lançamento do livro será neste sábado,23 , no prédio Solar do Almirante (Rua Almirante Alexandrino, 1.050, em Rio Pardo), das 16 horas às 18h30. Esse evento será seguido de um coquetel na casa da escritora, na Rua Almirante Alexandrino, 1.121, às 19h30, com convites vendidos em benefício do projeto de restauração do Solar do Almirante e transformação do espaço em um centro cultural comunitário. O Solar é o prédio mais antigo do município, construído em 1790.

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O convite custa R$ 80,00 e inclui espumante, comidinhas e sorteio de prêmios. Pode ser adquirido na Associação de Amigos do Solar do Almirante ou com a própria escritora pelo WhatsApp (021) 98085 2201. Quem tiver interesse em comprar o livro pode contatar pelo mesmo número. Magda, viajante do mundo, já realizou a apresentação da obra em outros lugares como o Rio de Janeiro, São Paulo e Berlim.

A autora tem uma forte relação de carinho com a Cidade Histórica. Apesar de não ser rio-pardense de nascimento, é de coração. Os pais de Magda são originários da cidade, mas ela nasceu em Dom Pedrito. No entanto, mudou-se para Rio Pardo com apenas 3 meses. Por isso, mesmo apresentando a obra em outras cidades e fora do Brasil, traz também para a região.

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No início, o objetivo era escrever alguns trechos, com relatos sobre a vivência pelo mundo. “A minha intenção de escrever algumas páginas não funcionou porque o relato adquiriu vida própria e virou um livro que foi se escrevendo quase que sozinho. Personagens e fatos que fazem ou fizeram parte da minha vida se ‘intrometeram’, pedindo espaço para mostrar sua importância e escrever suas próprias histórias”, explica Magda.

Autora de outros cinco livros, em Sua Majestade o Deserto ela relata uma caminhada de 250 quilômetros pelo deserto da Saara. Já em Procurando Hipopótamos e outras Aventuras, conta ao leitor histórias vividas pelos diversos países onde trabalhou ou que visitou. Passport to English, Write e Another Look são livros para ensino da língua inglesa. Além disso, durante um ano, Magda escreveu a coluna semanal Falando Alto na Gazeta do Sul, sobre assuntos da atualidade.

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“Digo que sou, acima de tudo, uma viajante”, reflete Magda

Nascida sob o signo de Gêmeos, Magda afirma ter duas pessoas morando dentro dela. Uma delas é cientista social, psicóloga e autora de livros didáticos, que trabalha com análise de dados e estatística. Já outra é aventureira, caminhante, escaladora, mergulhadora e autora de livros de aventura.

Com 18 anos, foi estudar nos Estados Unidos, onde residiu durante um ano e meio, retornando ao Rio de Janeiro. Na Cidade Maravilhosa, constituiu família e teve dois filhos. Magda sempre acreditou que a chave da vida estava relacionada à independência e carreira. Assim, administrou a vida de mãe fazendo o mestrado simultaneamente.

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Na década de 1980, foi aos Estados Unidos fazer doutorado na Universidade da Califórnia em Los Angeles (Ucla). No fim do curso, mudou-se para Boston, cidade onde morou por 12 anos. Em 1997, regressou ao Rio de Janeiro. O trabalho e a curiosidade a levaram para mais de 50 países em quatro continentes. Atuando como consultora para a Organização das Nações Unidas (ONU), Interamerican Development Bank (BID) e Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), entre outras instituições, pôde conhecer os quatro cantos do mundo.

Ligação com a Cidade Histórica

Apesar da agitada vida por vários lugares do Brasil e do mundo, foi em Rio Pardo que achou um lugar calmo – “um porto seguro para a família”, comenta. Com a morte da mãe, Magda recebeu de herança a casa da família. Ela e a irmã restauraram a propriedade e usam o espaço como refúgio. “A casa é grande e silenciosa, um verdadeiro contraponto ao agito de Ipanema, onde moro.”

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