Após ser adiada na semana passada, 27, o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental de São Paulo (Conpresp) Conpresp, suspendeu nesta segunda-feira, 4, a sessão que decidiria sobre o pedido de construção de duas torres residenciais do Grupo Silvio Santos no terreno ao lado do Teatro Oficina, no Bexiga, de Zé Celso.
A proposta do conselheiro Ronaldo Bressane foi a de que o conselho aguardasse a decisão até que o Iphan (órgão federal de patrimônio) desse seu parecer. O debate veio após o Condephaat, órgão estadual, reverter a decisão de tombamento que proibia a construção das torres. O empreendimento precisa passar por aprovação nas esferas municipal, estadual e federa de defesa do patrimônio.
Segundo o Teatro Oficina, as torres iriam “encaixotar” o terreno com o teatro projetado por Lina Bo Bard e considerado o melhor teatro do mundo pelo The Guardian.
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Teatro Oficina
Os mais polêmicos deles são dois processos do Grupo Silvio Santos para construir dois prédios residenciais de 28 andares no terreno ao lado do Teatro Oficina, que é tombado. No mês passado, o apresentador e empresário obteve uma importante vitória no órgão estadual de proteção ao patrimônio, o Condephaat.
Por 15 votos a favor e 7 contra, o conselho acolheu um recurso apresentado pela Sisan Empreendimentos, braço imobiliário do grupo, contra uma decisão de setembro de 2016 que proibia a construção dos prédios na Rua Jaceguai, no bairro do Bixiga. O IAB se manifestou contra a decisão do Condephaat.
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Agora, o Grupo Silvio Santos precisava obter aval do Conpresp, órgão municipal, e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), órgão federal, para pleitear o alvará da Prefeitura para executar a obra. O diretor do Oficina, José Celso Martinez, é contra a construção e defende equipamentos culturais no local.
Uma manifestação feita por artistas e políticos no último fim de semana pede a instalação de um parque no local. A disputa entre o Grupo Silvio Santos e o diretor de teatro José Celso Martinez Corrêa teve início em 1980, quando o empresário e apresentador quis comprar o terreno onde estava o teatro, vizinho do escritório de sua empresa.
Zé Celso resistiu e iniciou uma mobilização para abrir o processo de tombamento do local, que ocorreu em 1983. Em agosto deste ano, Zé Celso e o apresentador Silvio Santos se reuniram com o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), na sede do SBT para discutir uma solução para o imbróglio. O dramaturgo é contra a construção das torres e defende a instalação de equipamentos culturais no local
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