A deputada santa-cruzense Kelly Moraes (PL) não participou nessa terça-feira, 12, da votação para definir se o Estado era ou não autorizado a repassar recursos para obras em rodovias federais. Kelly não esteve presente devido ao nascimento da neta, que não estava previsto e aconteceu de cesariana, em Santa Cruz.

Em nota, porém, ela se disse favorável ao projeto e lembrou que os investimentos previstos para a BR-290 incluem um trecho na região. “O cidadão que utiliza uma rodovia não quer saber se ela é estadual ou federal, quer trafegar com segurança”, afirmou.

Ao menos para o governo, a ausência custou caro: a votação terminou em empate e coube ao presidente da Assembleia dar o voto de minerva contra o projeto. Isso significa que, se Kelly estivesse no plenário, o resultado seria outro. Porém, ela não foi a única ausente: dos 55 deputados, 51 participaram da votação. Também faltaram Gabriel Souza (MDB), Airton Lima (Podemos) e Dalciso Oliveira (PSB).

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Os bastidores

Até o início da sessão na Assembleia, a tendência era de que o projeto fosse rejeitado com uma margem bem maior. Durante as discussões, Fábio Ostermann (Novo) criticou deputados que teriam mudado de posição após “conversas ao pé de ouvido” com o secretário-chefe da Casa Civil. “As câmeras da TV Assembleia que pegam as nossas falas aqui, acho que às vezes deveriam estar ali no Salão Júlio de Castilhos ou na sala dos deputados, porque talvez elas revelassem mais do que se vê nesse plenário”, disparou.

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Outros projetos

Os deputados estaduais ainda aprovaram outros três projetos importantes, incluindo a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2023 e a reforma da carreira dos praças, sargentos e primeiros-tenentes da Brigada Militar. O terceiro foi a PEC que regulamenta a Polícia Penal – e que ainda precisará passar por uma segunda votação.

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Tensão no ar

Com a eleição dobrando a esquina, os debates na Assembleia Legislativa também se tornam cada vez mais tensos. Nessa terça, em um pronunciamento no qual criticava o projeto das rodovias federais, o deputado Rodrigo Lorenzoni (PL), filho do pré-candidato a governador Onyx Lorenzoni (PL), chamou Ranolfo Vieira Júnior (PSDB) de “fantoche” e disse que é Eduardo Leite (PSDB), que disputa a ponta das pesquisas com Onyx, quem governa o Estado de fato. Cobrou ainda o fato de parlamentares do PP e MDB votarem a favor do projeto, enquanto os respectivos pré-candidatos se posicionaram contra.
Defensor do projeto, Frederico Antunes (PP) lembrou que Rodrigo foi secretário no governo Leite e pediu que ele cuidasse do próprio partido.

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