Um caso inusitado chamou a atenção dos moradores de Passo do Sobrado na tarde desta quarta-feira, 15. Uma sessão extraordinária realizada na Câmara de Vereadores às 15 horas terminou em um grande tumulto, que só foi contido com a chegada da Brigada Militar. A reunião foi convocada para discussão do polêmico projeto da Prefeitura que previa contratação de seis professores para trabalhar na rede municipal.

Os vereadores de oposição não concordavam com a chamada de professores por processo seletivo, porque entendiam que deveriam ser convocadas pessoas que tinham passado no concurso e estavam no regime suplementar para a convocação. Caso não preenchesse o número de seis professores, aí sim poderia se abrir para a contratação por processo seletivo. As divergências entre oposição e situação ficaram claras nos discursos na tribuna.

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Quatro vereadores votaram contra, uma vereadora se absteve e três vereadores votaram a favor. Conforme a Brigada Militar, após o projeto ter sido negado pela maioria, por volta das 17 horas, uma vereadora de 59 anos, que seria a líder do governo, acabou discutindo com um vereador de oposição, de 41 anos, terminando, junto de sua filha de 33 anos, por agredi-lo com arranhões, causando lesões leves no braço direito do parlamentar. O vereador teria desferido palavras de baixo calão em direção à vereadora, dizendo ainda que ela teria sido “comprada pelo governo”.

A situação foi apartada por um outro vereador de oposição. Em paralelo, no saguão da Câmara de Vereadores, outra vereadora, de 40 anos, teria agredido uma cidadã, de 41, que acompanhava a sessão, com um tapa no braço, causando-lhe um machucado. Diante do tumulto, a Brigada Militar interveio e registrou uma ocorrência. Também confeccionou um termo circunstanciado para os acusados como autores dos delitos, que vão responder por crimes como lesão corporal, injúria e difamação. Os nomes dos envolvidos foram mantidos em sigilo pelas autoridades policiais.

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“O tapa ia pegar no meu rosto”, diz cidadã agredida por vereadora

A reportagem do Portal Gaz apurou quem foi a cidadã agredida na sessão e conversou com ela. Fabiana Terezinha Zinn, de 41 anos, que é agente de saúde no município há 15 anos, estava de férias e foi assistir a sessão junto do marido. “Ouvimos um bate-boca entre vereadores e fomos se inteirar do que havia acontecido. Foi quando uma vereadora foi xingar meu marido, que era cargo em comissão e tinha sido exonerado recentemente pela Prefeitura”, relatou.

“Eu disse para ela não falar dessa forma com o meu marido. Ela ficou nervosa, veio até mim e me deu um tapa no braço. O tapa ia pegar no meu rosto, mas eu levantei a mão para me defender e pegou no braço”, complementou a agente de saúde.

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Ela contou ao Portal Gaz que registrou boletim de ocorrência contra a vereadora. “Muitas pessoas viram o que aconteceu, com uma vereadora, dentro do seu local de trabalho, agredir uma cidadã. Espero providências dos outros vereadores com relação a esse fato e vou representar criminalmente contra ela”, finalizou a moradora de Passo do Sobrado.

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