Quando adolescente, Rodrigo Sperb aguardava com ansiedade, ao lado do irmão Renato, o momento de ouvir o Voo Livre, que João Fernando Vighi conduzia na Rádio Gazeta 101,7. O tempo passou, mas hoje ele está novamente ansioso. Desta vez para conduzir, ele próprio, à noite, a centésima edição do novo Voo Livre. Há quase dois anos apresenta a nova versão, às sextas-feiras, das 22 horas à meia-noite, na FM 99,7, a chamada rádio cultural da Gazeta. Para Rodrigo, 47 anos, 28 dos quais junto à Gazeta, como diagramador e designer, não haveria como a data não despertar emoção.
“Para mim, a sexta-feira agora é sempre especial”, diz. E recorda da circunstância em que o colega Pedro Soares, o Pepe, gerente de produtos das rádios, o convidou, em 2018, para pensarem uma atração, na 99,7, alusiva ao Dia Internacional do Rock, em 13 de julho daquele ano. Como a iniciativa repercutiu muito bem, o passo seguinte foi idealizar um programa semanal. Na hora de fixar o nome, veio à memória o clássico Voo Livre que o mestre J. F. Vighi conduzira nos anos 80. E a ideia prontamente emplacou.
No início, Sperb e Pepe produziam a atração. Mais adiante, o filho de Pepe, Pedro Soares Jr., o Pedrinho, foi o companheiro de Rodrigo na tarefa. E depois ainda teve a parceria de Samu-K DJ, do time da Gazeta FM 101,7. Mas mais recentemente Sperb seguiu em… voo solo. E não hesita em elogiar a iniciativa de Pepe em abrir espaço para o melhor do rock.
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“Sabemos o que o rock nos faz sentir. Tem alguma coisa ali que preenche nossa alma e faz ferver o nosso sangue, fazendo pulsar o coração quando se ouve aquela pedalada de bumbo, aquele riff de guitarra carregado de overdrive, o baixo estourando no peito, complementado com vozes surrando a melodia em fortes brados. Diante de todos esses movimentos, a vida se completa”, filosofa Sperb. Aí está. Na noite desta sexta-feira, 5, uma vez mais, para ele e para os ouvintes, a vida se completa. Porque tem… Voo Livre!
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Madrugada adentro
O Voo Livre 100 não poderia mesmo passar sem comemoração. Nesta sexta, avisa Rodrigo, o programa até começa mais cedo, às 21 horas, logo depois de A Voz do Brasil. E vai até mais tarde. “Talvez até beeem mais tarde”. Não duvida que vá “até o dia amanhecer”, brinca. Vai ser momento de reprisar as melhores, as que marcaram os quase dois anos de estrada. Beatles, Rolling Stones, Deep Purple, Whitesnake, Rainbow, Black Sabbath, The Who, Pink Floyd, Led Zeppelin e a galera que marcou o rock brasileiro estarão por lá.
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Rodrigo se vale de suas predileções para compor o set list de cada edição. “Já começo a fazer seleções e pesquisas na segunda-feira, e passo a semana escolhendo, por afinidade, sintonia, porque tudo ali tem de encaixar direito”. O programa segue padrão de quatro blocos de meia hora. No primeiro, as novas mescladas com clássicas, num rock puro. O segundo é o inconfundível “broco blazuca”, com o melhor do rock tupiniquim, de Mutantes a Rita Lee e de Terço a Legião, Titãs, Charlie Brown, TNT, um Airbus inteiro de estrelas que marcaram época. No terceiro, clássicos dos anos 60 e 70, e aí Beatles e Stones jamais ficariam de fora. Por fim, o quarto bloco, já na curva da meia-noite em direção ao sábado, pitadas de heavy, porque, também, ninguém é de ferro (ou todos são).
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Nesta noite, na edição 100, será mais ou menos assim. Mas um pouquinho diferente. “Vai ter até presença extra, mas isso eu não posso contar”, divaga Sperb, deixando no ar. E visivelmente emocionado, antecipando em pensamento mais um Voo Livre. Voando alto. E os ouvintes poderão voar junto. É logo mais.
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