Durante a gravidez, o corpo feminino passa por transformações surpreendentes e complexas, mas algumas mudanças podem parecer, no mínimo, estranhas. Desejos incomuns, como vontade de comer tijolo, gelo, areia ou até mesmo sabão, são comportamentos mais comuns do que se imagina e têm explicações que vão além da curiosidade. Se você ou alguém próximo já experimentou isso, saiba que essa condição tem nome: pica.
O que é o distúrbio alimentar pica?
O termo pica se refere ao desejo persistente de ingerir itens não alimentares. Embora possa ocorrer em qualquer pessoa, é mais frequente durante a gestação. Esses comportamentos, aparentemente inusitados, podem ser uma forma de o corpo sinalizar deficiências nutricionais ou alterações hormonais que acompanham a gravidez. O pica pode ser um sinal de que algo não está funcionando como deveria no organismo da gestante.
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Por que isso acontece na gravidez?
Os motivos que levam ao desenvolvimento do pica durante a gravidez ainda estão sendo estudados, mas há hipóteses bastante sólidas:
- Deficiência de ferro ou zinco: A anemia ferropriva é uma das principais condições associadas ao pica. Gestantes têm uma maior demanda por ferro devido ao aumento do volume sanguíneo e às necessidades do bebê.
- Alterações hormonais: Os hormônios da gravidez podem influenciar os sentidos de gosto e cheiro, gerando desejos incomuns.
- Aspectos emocionais: Estresse, ansiedade ou até fatores culturais podem ter influência.
Curiosamente, a ingestão de itens como gelo (um dos desejos mais comuns) pode ser uma tentativa inconsciente de aliviar sintomas da anemia, como cansaço e boca seca.
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Os riscos para a mãe e o bebê
Embora a vontade de consumir esses itens possa parecer inofensiva, ceder a esses desejos pode trazer riscos sérios à saúde:
- Intoxicação: Consumir materiais como areia ou tijolo pode expor a mãe a substâncias tóxicas ou contaminantes.
- Lesões gastrointestinais: A ingestão de objetos duros ou abrasivos pode causar danos ao sistema digestivo.
- Impacto nutricional: O consumo de itens não alimentares pode interferir na absorção de nutrientes essenciais.
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Como diagnosticar e tratar o pica?
O diagnóstico do pica é clínico e baseia-se na avaliação cuidadosa dos sintomas relatados pela gestante. Os exames de sangue podem identificar deficiências nutricionais, como baixos níveis de ferro, zinco ou outros nutrientes. O tratamento é multidisciplinar, podendo incluir:
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- Reposição nutricional: Suplementação de ferro, zinco e vitaminas essenciais.
- Acompanhamento psicológico: Identificar e tratar fatores emocionais que possam contribuir.
- Orientação nutricional: Garantir uma dieta equilibrada e rica em alimentos que atendam às demandas da gravidez.
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Para muitas mulheres, o pica pode ser desconfortável de admitir, mas entender que isso é um sinal de que o corpo está pedindo ajuda é fundamental. A gestação é um período de cuidado integral e individualizado, onde cada sintoma deve ser valorizado. Se você está grávida e percebe uma vontade persistente de consumir itens não alimentares, é essencial buscar orientação médica. A consulta com um obstetra pode não apenas esclarecer dúvidas, mas também prevenir complicações para você e seu bebê.
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