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FIM DA NOVELA?

Volume de algas no Lago Dourado já está próximo ao normal, diz gestor da Corsan

Foto: Rafaelly Machado/Banco de Imagens

Proliferação de algas no Lago Prefeito Telmo Kirst, onde é feita a captação, deixou água com tom esverdeado e odor desagradável. Imagem do dia 27 de novembro de 2024

Após mais de um mês, a novela que se desencadeou em Santa Cruz do Sul devido ao mau cheiro e gosto ruim da água pode estar chegando aos capítulos finais. Na manhã desta quinta-feira, 12, em entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9, o gestor de Relações Institucionais da Corsan da região Central, João Corin, garantiu que o volume de algas no Lago Prefeito Telmo Kirst, de onde é captada a água para o abastecimento da cidade, já está se aproximando do nível normal. Ainda, ele revelou que a maior incidência ocorreu entre os dias 25 e 27 de novembro.

Corin atribuiu essa diminuição a um produto mineral, que tem sido aplicado nas águas do manancial desde 22 de novembro. O composto visa combater o fósforo, o que por sua vez reduz a proliferação das algas responsáveis pelo odor e gosto na água. O gestor da Corsan ainda explica que o produto já teve êxito em outros anos e que já foi adquirido um estoque para garantir que a aplicação continue até o fim do verão. Corin destaca que o mineral não é ofensivo ao meio ambiente e não provoca danos à saúde.

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Além disso, outra medida tomada pela Corsan foi o reforço no uso de água do Rio Pardinho para o abastecimento da cidade. Uma captação emergencial foi instalada no curso d’água, se somando à motobomba que já é utilizada, o que permite uma vazão ainda maior. Também estão em operação 15 poços para garantir a água para o município.

Desde a primeira quinzena de novembro, diversos moradores de Santa Cruz do Sul entraram em contato com o Portal Gaz apontando o mau cheiro e gosto na água. Mesmo assim, Corin garantiu que, nesse período, toda a água que foi disponibilizada para a população é potável e atende os padrões de potabilidade da Portaria 888 do Ministério da Saúde. “Nós temos um rigoroso processo de controle de qualidade, são feitas mais de 500 análises diárias pra garantir a qualidade da água que a Corsan distribui”, conta. Ele destacou que, se algum morador ainda estiver percebendo odor na água em sua residência, deverá entrar em contato com a companhia para que a situação seja verificada.

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Ainda, em resposta a um ouvinte, o qual disse ter levado sua filha a um posto de saúde e sido orientado pelo médico que a água poderia estar causando os sintomas na maioria das crianças atendidas, Corin alegou que não houve um aumento fora dos padrões normais na rede de saúde de Santa Cruz do Sul em relação às doenças de veiculação hídrica.

“Nós não medimos esforços”

Durante a entrevista, Corin destacou outras ações realizadas pela Corsan para melhorar a qualidade da água, como a instalação de um ultrassom para combater a proliferação de algas, em outubro; e o aumento da dosagem de carvão ativado na Estação de Tratamento de Água (ETA). “Nós não medimos esforços para resolver esse problema, que é um fato atípico, que é um evento da natureza, que nos causou também vários transtornos e que acaba impactando na questão do nosso serviço”, enfatiza.

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Em relação ao motivo para os problemas percebidos na água no município, o gestor de Relações Institucionais da Corsan revelou que, segundo dados estatísticos, a proliferação de algas costuma ser mais intensa em Santa Cruz do Sul no período de dezembro a janeiro. No entanto, neste ano o fenômeno foi antecipado, e passou a ocorrer em novembro. Visto que o ultrassom instalado em outubro possui um prazo para que fizesse efeito, a medida sozinha acabou não sendo eficaz para evitar essa incidência.

Corin garantiu que estudos já foram contratados para verificar a causa do problema e auxiliar na prevenção para os próximos anos. Em setembro, uma batimetria já havia confirmado que alguns pontos do Lago Prefeito Telmo Kirst sofreram com assoreamento após as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul no primeiro semestre. No entanto, no ponto onde há captação de água, não houve modificações.

Colaborou Rosemar Santos

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