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ORGANIZAÇÃO

Voltada ao público local e sem bailes: presidente antecipa como deve ser a Oktoberfest em 2021

A quatro meses da 36ª Oktoberfest e Feirasul de Santa Cruz do Sul, o evento começa a ser organizado. Após a apresentação, nesta semana, da presidente Roberta Pereira e do vice João Goerck, é hora de planejar como serão as atrações programadas para o período entre 6 e 17 de outubro, no Parque da Oktoberfest. Em entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9, Roberta destacou que, em vista das condições impostas pela pandemia, o formato será totalmente diferente do que costumava ser.

“Temos que tirar da nossa cabeça aquela imagem do que era a Oktoberfest até 2019, antes de estourar a pandemia. A primeira lembrança que temos é a presença de um grande público e aglomeração. Este ano será totalmente diferente”, avisou. “A festa não será voltada para o turismo, será mais raiz, voltada para o nosso público. É a valorização do que é da cidade.”

Desde 2020, a programação passou a ser virtual, inclusive os bailes e as apresentações folclóricas. Segundo ela, a proposta agora é destacar as questões culturais e econômicas que o evento possui, priorizando a segurança daqueles que trabalham e frequentam. “Todas as ideias partem de segurança, de protocolos de saúde e de defesa da vacina. Então, é uma festa totalmente diferente, dentro do que é possível”, detalhou. “Assim como várias coisas tiveram que ser reinventadas, a Oktoberfest, pela importância, pelo significado cultural e econômico para a nossa cidade, também precisa se reinventar.”

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Os desfiles temáticos, que costumavam reunir um público de até 40 mil pessoas ao longo da Rua Marechal Floriano, também sofrerão adaptações. O vice-presidente João Goerck, que tem experiência na coordenação destes eventos, destacou que eles serão realizados com um número restrito de pessoas. “Temos uma bagagem muito grande em desfiles, mas agora tudo será reinventado para aquilo que for possível fazer na época. Vamos primar pelos protocolos de saúde”, afirmou. Também adiantou que a realização do desfile na Marechal Floriano este ano está totalmente descartada. “Estamos pensando em talvez fazer dentro do Parque da Oktoberfest, no pátio ou no Ginásio Poliesportivo, para que os grupos de dança possam se apresentar sem grandes aglomerações.”

Entrevista

Roberta Corrêa Pereira
Presidente da 36ª Oktoberfest e Feirasul

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Roberta: festa não voltada ao turismo

Gazeta – Qual a possibilidade de o evento ser realizado presencialmente?
Roberta Pereira – O que estamos planejando, e que deve ser lançado muito em breve, é um formato de evento que respeite todos os protocolos de saúde, a exemplo do que já estamos fazendo hoje. Temos protocolos para ir a um restaurante ou a uma loja com lotação máxima, horários de funcionamento, exigência de uso de máscaras e distanciamento, utilização de álcool em gel e aferição da temperatura. Estou acompanhando a realização de alguns eventos presenciais, como em Gramado, que recentemente fez dois e utilizou esses protocolos com regras para entrar e para circulação e sobre capacidade de público em cada espaço. No entanto, trabalhamos com cenários e projeções e vamos levar em conta como está o andamento da vacinação, o cenário pandêmico e a flexibilização. E se ao chegarmos mais perto tivermos qualquer tipo de mudança no cenário pandêmico, tudo será reavaliado.

Gazeta – Quais são as prioridades neste momento e quando devem ser divulgados os novos integrantes da Coordenação Executiva?
Roberta Pereira – Estamos priorizando algumas questões e delineando um pouco mais o projeto de realização do evento, bem como montando as coordenações. A maioria está praticamente com os nomes completos e definindo a realização do processo de escolha das soberanas, que deverá ser adaptada. Provavelmente, o trabalho de divulgação da festa também será bem diferente das edições anteriores. Cabe dizer que muito em breve as inscrições deverão ser abertas e até o fim de julho, o formato do evento será divulgado. Outra novidade é que criei uma Coordenação de Saúde, para termos embasamento técnico sobre as questões da pandemia.

Gazeta – O que será e o que não será possível realizar dentro desta Oktoberfest?
Roberta Pereira – Não haverá bailes, isso infelizmente não é possível. Mas poderemos ter shows e apresentações de bandas e dos grupos de danças folclóricas, que as pessoas poderão assistir sentadas com distanciamento. A gastronomia típica, que é a marca registrada da festa, poderá ser explorada de várias maneiras, além de outras coisas que ainda estamos pensando para poder divulgar. O que posso garantir é que será um evento diferente que vai trazer muito mais as famílias para o parque.

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Quem são

A presidente Roberta Corrêa Pereira, de 44 anos, natural de Cachoeira do Sul, é jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), atuando hoje como gerente do Serviço Social do Comércio (Sesc) em Santa Cruz. É responsável pela preparação de muitos projetos e eventos culturais no município, como a Feira do Livro, Festival Santa Cruz de Cinema e Bailinho de Carnaval da Borges. Também foi presidente da Associação Pró-Cultura. Há 17 anos, integra a Comissão Organizadora da Oktoberfest: atuou na Coordenação de Cultura e na preparação da programação do Dia da Criança e do Dia da Maturidade Ativa.

O vice-presidente João Goerck tem 61 anos e é natural de Santa Cruz do Sul. Empresário, é proprietário da Bela Casa Materiais de Construção. Goerck se destaca pela atuação junto a entidades. Foi diretor social e presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e presidente da Associação dos Comerciantes de Materiais de Construção (Acomac), na qual atualmente ocupa o cargo de vice-presidente. Há 30 anos participa da Comissão Executiva, 23 deles como integrante da Coordenação de Desfiles e sete como coordenador-geral dos desfiles.

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Goerck: desfiles também vão mudar

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