Com o período de volta às aulas, é perceptível o aumento do movimento nas ruas do Centro de Santa Cruz do Sul. O impacto é ainda maior desde essa quarta-feira, 3, com o fim do Carnaval e o retorno dos acadêmicos ao Ensino Superior. As demandas de consumo e serviços para os estudantes são importantes para a economia local, principalmente em tempos de busca pela normalidade conferida no período pré-pandemia. Diversos estabelecimentos tentam recuperar os prejuízos acumulados desde o início de 2020.

Um dos setores que registra alta nas negociações é o imobiliário. Para universitários de fora, uma das missões no início do ano letivo é procurar um apartamento para alugar. Contudo, alguns pais pensam em um investimento a longo prazo. “Já percebemos uma melhora. Recebi clientes procurando imóveis para compra, evitando o aluguel durante a permanência dos filhos na graduação”, conta a presidente da Sociedade das Empresas Imobiliárias de Santa Cruz do Sul (Seisc), Carla Giovana Freddo.

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Para o deslocamento, a utilização do transporte coletivo urbano também cresce com o maior volume de estudantes. Gerente administrativo do Consórcio TCS, Zaqueu Forgiarini aposta em uma demanda maior a partir desta semana, com o regresso de muitas pessoas do período de férias. “Provavelmente teremos que ajustar o quadro de colaboradores porque o volume de passageiros vai aumentar”, projeta.

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Em relação aos restaurantes, Erni Thomas, empresário do ramo, ainda acredita que a melhora no movimento vai ocorrer a partir da próxima semana. Em fevereiro, os números ficaram muito abaixo do esperado até mesmo para o período de férias. “Com a pandemia, muitos adotaram o marmitex e outros se acostumaram a fazer comida em casa. Tivemos uma queda muito grande em comparação com a época anterior à pandemia”, analisa.

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Para o comércio, o fim das férias é comemorado. O presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), Ricardo Fernando Bartz, avalia que o setor vai levar um tempo para se recuperar plenamente, por ter sido muito afetado pela pandemia. Segundo ele, os hábitos de consumo também mudaram. Muitas pessoas estão fazendo maiores reservas de dinheiro para momentos adversos.

Bartz observa um aumento significativo na compra de materiais escolares por conta das crianças e adolescentes. E com a chegada dos jovens ao Ensino Superior, há um incremento nos supermercados, nas locações de imóveis e no segmento de bares e restaurantes. “Uma das preocupações é o conflito na Ucrânia. Os insumos e produtos podem faltar, em alguns casos, por conta das sanções à Rússia, e provocar reflexos até mesmo no mercado local”, salientou.

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