Arrependimento ou mudanças nos rumos da vida pessoal são causas comuns da intenção de retirar uma tatuagem feita no corpo. Hoje, existem soluções para a remoção, mas é fundamental que se tenha um cuidado e um acompanhamento médico adequado para evitar lesões na pele. A presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS, Analupe Weber, ressalta que o laser é uma tecnologia excelente disponível hoje, mas que exige qualificação na aplicação.
“É como dirigir um carro esportivo e potente. Não basta só a máquina. É preciso ter um bom motorista. Então, a remoção da tatuagem é parecida. O laser é excelente, mas se usado incorretamente pode causar sérios danos à pele”, disse.
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O tema foi abordado em evento online recente promovido pela SBD-RS. A convidada, médica dermatologista e especialista em laser, Raquel Milão, destaca que existem vários tipos de laser e que cada um tem uma especificação.
“É preciso lembrar que o laser, nada mais é, do que uma luz que emite uma radiação e que tem diferentes funções. O mesmo laser que faz uma depilação, se aplicado em cima de uma tatuagem vai provocar uma queimadura”, afirma.
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Para que o público leigo consiga entender, a médica explica que o laser mais comum para uso em tatuagens, age com muita potência e rapidez, fragmentando os grânulos de tinta, que são então eliminados pelo organismo gradualmente.
“Esse processo ocorre ao longo de diversas sessões com intervalos de até 8 semanas. É importante dar tempo para o organismo reagir.”, explica.
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A orientação é também ficar atento com as bolhas que nem sempre podem ser consideradas como uma situação comum.
“A bolha é uma intercorrência que pode acontecer, mas é importante estar alerta. Quando acontecem podem ocorrer cicatrizes. Quando são tatuagens muito densas e pigmentadas é preciso ir com intensidade mais baixa, se não quando o tecido absorver vai gerar um calor intenso e podem ocorrer os acidentes”, finalizou.
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Um recado fundamental, também, é que o paciente precisa estar consciente que a remoção é muito mais demorada do que a aplicação da tatuagem em si. O acompanhamento é indispensável e, em alguns casos, exige uma medicação para dor ou mesmo anestesia local, que deve ser administrada por médicos.
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