A partir de oxigênio, combustível e calor surge o fogo, que tem acompanhado a evolução da humanidade desde os primórdios. Quando as chamas fogem do controle, acontecem os indesejáveis incêndios, que provocam danos físicos e materiais. Apesar da existência dos extintores automáticos desde o século 19, a maioria das pessoas não sabe como utilizar esses equipamentos, que têm finalidades diferentes. Conforme o técnico em segurança do trabalho Rafael Hoelzel Staub, antes de tentar apagar um incêndio é preciso saber qual sua origem, já que existe um extintor para cada tipo de fogo.
Os extintores da classe A, à base de água, são destinados para combustíveis sólidos, quando as chamas são gerado por materiais como madeira, papel, tecido, plástico, borracha e outros. Na categoria B, feitos a partir de pó químico ou gás carbônico, enquadram-se os líquidos inflamáveis, como álcool, querosene, óleos e combustíveis. Quando as labaredas são causadas por equipamentos elétricos, a identificação dos extintores é C, também à base de pó químico ou gás carbônico. Staub esclarece que atualmente a maioria dos prédios de Santa Cruz do Sul disponibiliza dois extintores: classes BC e A.
“As obras mais novas já estão sendo projetadas com extintores ABC, que servem para qualquer tipo de incêndio”, explica. Esse recurso, que já existe no mercado há alguns anos, vem se popularizando gradativamente, especialmente por ser a alternativa mais segura. Segundo o técnico, quando há duas opções de extintores, a tendência é que as pessoas recorram ao maior, que é de água. “No incêndio iniciado jamais se utiliza extintor de água, porque não sabemos a origem do fogo”, alerta.
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Os riscos são iminentes porque na eletricidade, a água pode provocar choque elétrico e levar à morte, enquanto em líquidos inflamáveis, os extintores A podem atiçar ainda mais as chamas. “Infelizmente o brasileiro ainda não acredita em incêndio, mas eles ocorrem diariamente. O indicado seria todas as pessoas possuírem extintores em casa e conhecerem seu correto funcionamento”, diz. O profissional também alerta sobre a importância da manutenção desses equipamentos, que precisam sempre estar lacrados e com os ponteiros no verde, o que indica que estão carregados. “Recomendamos que mensalmente se faça uma inspeção visual.” Em edifícios, a lei recomenda que as cargas sejam trocadas anualmente e os cilindros, a cada cinco anos.
CLASSES DE FOGO
Todos os extintores têm uma das seguintes identificações
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A – Combustíveis sólidos: quando o fogo é gerado por material sólido, como madeira, papel, tecido, plástico, borracha, etc. Os principais extintores para apagar as chamas são à base de água.
B – Líquidos inflamáveis: quando o fogo é causado por líquidos inflamáveis, como álcool, querosene, combustíveis, óleos, etc. Nesses casos, os principais extintores indicados são à base de pó químico ou gás carbônico.
C – Equipamentos elétricos: quando o fogo é causado por equipamentos elétricos, como transformadores, fios e cabos elétricos, quadros de distribuição, etc. Os principais extintores de combate são à base de pó químico ou gás carbônico.
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Importante: extintores de pó químico ou gás carbônico servem para apagar o fogo de classes B e C. Todos os extintores são indicados apenas para princípio de incêndio, nos primeiros dez a 15 minutos de fogo.
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