Polícia

Vítimas e testemunhas do golpe da casa própria vão ser ouvidas em audiência nesta sexta-feira

Iniciada em 7 de outubro, a série de audiências de instrução, debate e julgamento dos chamados golpes da casa própria será retomada nesta sexta-feira, às 15h30, na sala 501A do cartório da 2ª Vara Criminal, no Fórum de Santa Cruz do Sul. Após a primeira sessão, em que 13 das 44 vítimas prestaram depoimento, houve um período de recesso em virtude de um problema pessoal do juiz Assis Leandro Machado. Os casos analisados foram revelados com exclusividade pela Gazeta do Sul.

Para as vítimas, o processo marca a esperança de reaver as economias, perdidas para uma quadrilha especializada em estelionato. O crime consistia em fechar contratos de construção, cobrar adiantado e não entregar as obras. A Polícia Civil investigou, a partir de dezenas de denúncias, a conduta de uma construtora da Zona Sul de Santa Cruz (que atualmente não está mais em funcionamento), identificada por aplicar golpes em clientes.

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Quatro pessoas foram indiciadas: um casal (um homem de 38 anos e uma mulher de 35) que era proprietário da empresa e dois jovens, de 23 e 26 anos, que auxiliavam a dupla. Os quatro também foram denunciados pelo Ministério Público (MP) pelos crimes de estelionato e associação criminosa. Contra o homem de 38 anos, ainda pesa o agravante de ter sido identificado nas investigações como o líder do bando. Ele está atualmente detido na Penitenciária Modulada Estadual de Osório.

“Tudo pode acontecer”, afirma autor da denúncia dos golpes da casa própria

A sessão será presidida novamente pelo juiz Assis Leandro Machado. Entre os pedidos feitos na denúncia está o pagamento de valor indenizatório para cada vítima, de acordo com o que foi perdido para a quadrilha. Embora exista possibilidade, é muito difícil que o caso termine na sessão desta sexta-feira, devido à grande quantidade de pessoas que será ouvida. “Temos várias vítimas que ainda não prestaram depoimento e também as testemunhas dos acusados. Depois de todos ouvidos, ocorrerá o interrogatório dos acusados em modo virtual.

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A partir disso, encerra-se a instrução, abrindo-se para as alegações finais e a sentença do juiz”, comentou o promotor Eduardo Ritt, autor da denúncia. Mesmo ao final do depoimento de todos, pode haver algum outro pedido de providência por parte da defesa dos acusados. “Tudo pode acontecer na audiência”, salientou Ritt. “Precisamos verificar se todas as pessoas chamadas a prestar depoimento serão encontradas, e se vão comparecer para serem ouvidas. Enquanto não forem ouvidas todas, inclusive as testemunhas de defesa, não se pode interrogar os acusados”, complementou o promotor.

O casal envolvido nos golpes também foi denunciado pelo MP em outro processo, por estupro de vulnerável. Nesse caso, a vítima foi uma criança, atualmente com 8 anos, que é filha dela e enteada dele. Os nomes dos envolvidos não foram revelados.

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