As forças de segurança trabalham para esclarecer as causas de um duplo homicídio registrado em Rio Pardo na noite dessa terça-feira. Bruna Oliveira de Carvalho, de 27 anos, que estava grávida de quatro meses, e Luis Antônio Ribeiro, vulgo Perneta, que completaria 27 na próxima segunda-feira, foram assassinados a tiros enquanto trafegavam em um Gol vermelho pela Rua Itu, no Bairro Jardim Boa Vista.

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Os dois filhos do casal, uma menina de 7 anos e um menino de 2, estavam no banco de trás e viram os pais serem mortos. O caso aconteceu às 21h13. Imagens de câmeras de segurança mostram quando um Hyundai Tucson prata se aproxima e bate no Gol. Quando o casal para, uma dupla desce do Tucson e dispara.

Desde que o fato aconteceu, Brigada Militar e Polícia Civil buscam vestígios para chegar aos autores. Ainda na noite de terça, às 23 horas, uma guarnição da BM localizou o carro utilizado no homicídio. Estava estacionado na garagem de uma residência do Bairro Jardim Boa Vista.

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Em uma verificação, constatou-se que o Tucson prata tinha placas clonadas e registro de roubo na Região Metropolitana de Porto Alegre. “Na análise preliminar que fizemos, esse veículo tinha um raspão na lateral e vestígios de tinta vermelha, que era a mesma cor do Gol”, comentou o major Cristiano Cuozzo Marconatto. Os filhos das vítimas não foram alvejados e foram encaminhados ao Conselho Tutelar.
Bruna Oliveira e Luis Antônio tinham histórico na criminalidade. Um dia antes de serem assassinados, participaram de audiência no Fórum de Rio Pardo. Eram réus em um processo por tráfico de drogas, após indiciamento na megaoperação Tentáculos, deflagrada em 2020 pela Polícia Civil de Rio Pardo.

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A investigação mirou um grupo criminoso de 55 pessoas, incluindo os dois assassinados terça, chefiado pelo apenado Jéferson Juliano Vedói, de 43 anos. “Ambas as vítimas foram indiciadas por tráfico e associação ao tráfico. E o homem chegou a ser preso no curso da investigação da Tentáculos. Certamente esse duplo homicídio foi motivado pelo envolvimento deles com a criminalidade”, comentou o delegado Anderson Faturi.

“Não sabemos se eles tinham uma dívida com alguém e se foi feito esse acerto de contas, ou se foi queima de arquivo, de alguém que pudesse ser delatado e tivesse sua situação criminal exposta, e por isso realizou ou mandou executar esse crime”, disse o responsável pela investigação. Conforme Faturi, já há alguns suspeitos e a Polícia Civil trabalha para elucidar o caso.

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