Polícia

Vítima de homicídio teria brigado em bar antes de morrer

Novas informações a respeito de um dos homicídios mais brutais registrados em Santa Cruz do Sul no ano passado podem reabrir o caso, que jamais foi solucionado pela Polícia Civil. Jairo Freese, de 46 anos, foi morto a machadadas em uma noite de quinta-feira, dia 20 de janeiro de 2022, na estrada geral da localidade de Alto Boa Vista, próximo de uma pousada. Pelo menos um golpe teria sido desferido com violência na parte de trás da cabeça.

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Na oportunidade, Brigada Militar, Polícia Civil e Instituto-Geral de Perícias (IGP) estiveram na cena do crime. A vítima morava nas proximidades de onde foi morta, e deixou esposa e três filhas. O corpo foi sepultado no cemitério evangélico de Linha Andrade Neves. Agora, passado um ano e meio do caso, detalhes foram revelados à reportagem policial da Gazeta do Sul por um morador da comunidade.

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Sob a condição de manter seu nome em sigilo, com medo de represálias, ele contou que o estopim para o homicídio teria sido uma desavença entre Jairo Freese e um grupo de pessoas, poucas horas antes do assassinato, em um estabelecimento comercial da localidade. “Ele discutiu no bar que fica junto ao campo do Boa Vista. Foi ali que deu a briga. Foi contra uma gurizada. Eles discutiram no bar e ele foi embora a pé. Depois foram atrás dele. Todos sabem quem foi que fez isso”, afirmou o morador, que não tem grau de parentesco com a vítima.

Questionado sobre o porquê de ter revelado as informações um ano e meio depois, disse que viu outros casos de homicídio na cidade sendo resolvidos e ver esse sem resolução lhe causa revolta. “Sou uma pessoa que gosta que as leis sejam cumpridas”, finalizou. Dentre as apurações da época, um morador que viu o cadáver e acionou as forças de segurança, e o próprio irmão da vítima, que foi ao local reconhecer o corpo, relataram a policiais que Freese tinha desafetos na região.

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Foi o único homicídio a ser investigado pela 1ª Delegacia de Polícia em 2022, e não foi solucionado. Os agentes até ouviram testemunhas e analisaram laudos técnicos da cena do crime produzidos pelo IGP, mas não foi possível identificar autor ou motivação. O local sem câmeras no entorno também prejudicou o trabalho investigatório. A vítima tinha passagem pelo sistema prisional e antecedentes criminais por ameaça, injúria e lesão corporal.

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