O início da semana foi marcado por audiências judiciais envolvendo casos de repercussão que aconteceram recentemente em Santa Cruz do Sul. Ambas as sessões ocorreram na segunda-feira à tarde, em sala da 1ª Vara Criminal do Fórum, e foram presididas pela juíza Márcia Inês Doebber Wrasse. Às 13h45, houve a instrução do processo que trata sobre as ações criminosas de um homem de 36 anos, conhecido como o estuprador de Linha Santa Cruz.
Preso em flagrante pela Brigada Militar (BM) tentando estuprar uma mulher de 42 anos no dia 24 de setembro, o acusado foi indiciado em inquérito assinado pela delegada Raquel Schneider, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), e denunciado pelo Ministério Público (MP). A denúncia foi oferecida no dia 3 de outubro e aceita pela juíza Márcia no dia 7 do mesmo mês.
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Com isso, o homem de 36 anos tornou-se réu, passando a responder a um processo. Na audiência de segunda, a vítima do crime foi ouvida, além de sete testemunhas arroladas pelo promotor Gustavo Burgos de Oliveira. Uma das informações reveladas pela delegada Raquel em seu depoimento é que, após a divulgação da prisão do réu em reportagem da Gazeta do Sul, uma outra vítima reconheceu o acusado.
Esse caso teria acontecido em 14 de setembro, às 22 horas, na Avenida Prefeito Orlando Oscar Baumhardt, em Linha Santa Cruz, quando a mulher estava buscando um lanche. O homem a agarrou pelas costas, dizendo que queria conversar com ela e ordenando que ficasse quieta. No entanto, em um momento de descuido do agressor, a vítima conseguiu escapar.
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Além deste, outro caso mencionado na audiência foi o fato que deu início a uma série de crimes sexuais recentes cometida pelo mesmo homem. Esse delito aconteceu no dia 25 de julho, por volta das 20h30, junto a um banheiro feminino de um posto de combustíveis localizado na região de Linha Santa Cruz. O agressor tentou atacar uma vítima, mas ela também conseguiu fugir.
Em frente à juíza, acusado ficou em silêncio
Por fim, houve o caso da prisão em flagrante. O réu tentou cometer um estupro pelas 20h30 de 24 de setembro, quando a vítima retornava a pé do trabalho pela Rua José Germano Frantz, em Linha Santa Cruz. Fazendo menção de estar armado, o homem aplicou um “mata-leão” na mulher e anunciou que iria estuprá-la, dizendo para ela ficar calada enquanto tentava despi-la. Na oportunidade, um morador ouviu gritos vindos de uma área de mata e saiu de casa para ver o que era.
Foi quando ele identificou o estuprador, que arrastava a mulher para a mata enquanto tentava manter a boca da vítima coberta com a mão. O vizinho e outros moradores entraram em luta com o agressor. A BM foi chamada e fez a prisão em flagrante do acusado, que foi levado para a delegacia e depois ao presídio. O mesmo homem já havia sido condenado a seis anos de reclusão por estupro contra uma vizinha em 28 de agosto de 2015, também em Linha Santa Cruz.
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Na oportunidade, a vítima havia desembarcado em uma parada de ônibus, voltando da faculdade, quando ele a derrubou e a levou para o mato. Preso por essa condenação, ganhou liberdade condicional da Justiça em 23 de maio deste ano, mas voltou a reincidir nos crimes sexuais ao longo dos meses seguintes. Além de estupros consumados ou tentados, ele tem na ficha delitos como posse de entorpecentes, ameaça, lesão corporal e dano em tornozeleira eletrônica.
O homem é defendido pela Defensoria Pública, que não arrolou testemunhas. Em depoimento frente à juíza, o acusado reservou-se o direito de permanecer em silêncio. Ele segue detido no Presídio Regional de Santa Cruz do Sul e seu nome vem sendo mantido em sigilo pelas autoridades policiais. A sequência do processo terá a abertura de prazo para o MP e a defesa apresentarem memoriais, sendo que depois será proferida a sentença.
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