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TRÂNSITO

Vítima de acidente quer descobrir quem é o motorista que a atingiu

Foto: Arquivo Pessoal

Colisão aconteceu na esquina das ruas Coronel Oscar Jost e Serafim Waechter

Um acidente registrado na semana passada vem causando uma série de transtornos a uma santa-cruzense. O caso aconteceu na noite da última quarta-feira, às 23h37. A vendedora de doces Suelyn Priscila dos Santos Vargas, de 30 anos, trafegava com sua Honda Biz pela Rua Coronel Oscar Jost, Bairro Avenida, após uma visita a clientes, quando foi atingida por um carro de grande porte, na esquina com a Rua Conselheiro Serafim Waechter.

“O motorista estava na mesma pista que eu, em direção à rótula do 2001. Me passou e deu o pisca para entrar à direita na rua. Só que acabou voltando para a esquerda e me atingiu”, explicou Suelyn. A Gazeta do Sul teve acesso a imagens de câmeras que mostram a colisão.

O motorista do carro fugiu sem prestar socorro. Segundo a vítima, o automóvel aparentava ser uma Fiat Doblô vermelha, com adesivos de cor laranja, com um pneu ou um objeto parecido sobre o teto. A moto da vendedora de doces ficou completamente destruída e ela precisou ser encaminhada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ao Hospital Santa Cruz (HSC) para receber atendimento médico.

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Com graves ferimentos, ela passou por cirurgia após fraturar a tíbia superior e a inferior. Os médicos tiveram que colocar nove pinos e quatro placas na perna. Suelyn também sofreu escoriações e hematomas no rosto e precisou fazer pontos na altura do supercílio, onde houve um corte. Na tarde dessa segunda-feira, 16, ainda se recuperando dos ferimentos, ela conversou com a Gazeta do Sul e relatou o drama que vive.

Autônoma, a moradora do Bairro Santo Inácio mora sozinha com os dois filhos, de 5 e 8 anos, e dependia da venda dos doces. “Esse era meu único sustento. Meu filho mais velho toma remédios controlados. Eu sustentava a casa e as medicações dele com minha renda. Como vou me virar, com a perna quebrada e minha moto destruída?”, questiona Suelyn.

Em vídeo do acidente, é possível ver veículo saindo do local logo depois do impacto

“Agradeço por estar viva”

Suelyn Priscila dos Santos Vargas, a vítima, chegou a ter uma loja de doces, mas precisou fechar há alguns meses em virtude da pandemia e também para ficar mais em casa e cuidar dos filhos. “Eu estava sempre correndo, batalhando para sustentar a minha família com meus doces. Dependia da moto para locomoção e todo mundo que me conhece sabe que vendo na rua, pois é o meu sustento”, salientou Suelyn.

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“É muito ruim ver que as pessoas não se importam com a vida umas das outras. O motorista poderia ter prestado socorro, mas fugir assim, sem se importar se eu estava viva ou morta, me dói muito. Todos os dias, agradeço por estar viva.” Conforme o artigo 305 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), “afastar-se o condutor do veículo do local do acidente, para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe possa ser atribuída” é crime com pena de prisão que vai de seis meses a um ano, ou multa. O caso foi registrado no 23º Batalhão de Polícia Militar (23º BPM).

Por se tratar de um acidente sem morte, com lesão corporal, será investigado pela Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA). Segundo o delegado Paulo César Schirrmann, o inquérito busca, em um primeiro momento, identificar o motorista envolvido. “Vamos recorrer às câmeras que captaram imagens da colisão. Temos conseguido bons resultados na apuração de crimes de trânsito onde o autor do fato acaba fugindo do local. É possível chegar à autoria. Ele vai responder por lesão corporal. Ainda tem o agravante da pena pelo fato de ter fugido”, explicou Schirrmann.

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Suelyn: ferimentos no rosto e na perna

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