Um caso de atropelamento ocorrido há mais de quatro meses em Santa Cruz do Sul ganhará desdobramentos na Justiça. Ao meio-dia de 29 de setembro do ano passado, a auxiliar administrativa e de marketing Cristina Bruck Ramos, de 41 anos, foi atingida violentamente por um Honda Civic branco quando estava saindo para o intervalo do trabalho, em uma clínica odontológica na Rua 28 de Outubro, Bairro Universitário.
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O forte impacto jogou Cristina no chão e o celular voou para dentro de um pátio. A condutora do automóvel que causou o atropelamento fugiu sem prestar socorro. Uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) levou a vítima para o Hospital Santa Cruz (HSC). O diagnóstico médico apontou que ela teve fratura na clavícula esquerda, escoriações diversas pelo corpo e lesões na cabeça, bem como um corte no lado esquerdo da face.
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O caso foi revelado na edição de 1º de outubro da Gazeta do Sul e gerou ampla repercussão a partir de um vídeo divulgado no Portal Gaz que mostra o momento exato do atropelamento da santa-cruzense, moradora do Bairro Santo Inácio. Um dia após a publicação, um leitor entrou em contato com a reportagem policial da Gazeta e repassou imagens de um veículo com as mesmas características do envolvido no acidente.
As fotos deram rumo ao trabalho da 1ª Delegacia de Polícia (1ª DP), que até então não tinha qualquer indicativo de quem seria o motorista envolvido. Uma mulher de 49 anos, que já tinha antecedente por lesão corporal culposa no trânsito, foi identificada como autora do atropelamento e indiciada pela 1ª DP em 9 de novembro, por lesão corporal culposa no trânsito, agravada por omissão de socorro. O encaminhamento do inquérito ao Judiciário finalizou a parte criminal.
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Agora, o advogado criminalista Roberto Weiss Kist, da Agostini Kist Böhm & Kist (AKBK), que faz a defesa de Cristina, parte para uma indenização na esfera civil. “Nós acompanhamos o caso desde o dia do atropelamento. Felizmente pudemos contar com a ajuda de um leitor da Gazeta do Sul e com o excelente trabalho da Polícia Civil para identificar o veículo e também quem o conduzia no instante do acidente. Após a conclusão do inquérito pela autoridade policial, ingressamos com o processo para a reparação dos danos sofridos pela vítima”, salientou Weiss Kist.
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O valor de indenização pedido pela defesa foi mantido em sigilo pelo defensor. À Gazeta, Cristina Bruck Ramos afirmou esperar que o caso se torne um exemplo, para que pessoas que cometam atropelamentos não fujam e assumam as responsabilidades. “Graças a Deus, estou bem. Preciso agradecer a todos que se envolveram, família, amigos, colegas. Conseguimos descobrir quem era a autora com a ajuda da divulgação da matéria e o olhar do leitor. Na questão de reparação, no meu ponto de vista, é importante pelo papel que a gente pode fazer como cidadão, que essa mulher não teve. As pessoas precisam se conscientizar, primeiro pela questão humana. E se não for, que seja pela lei.”
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