Quando nasce um bebê, é normal que muitos familiares e amigos queiram realizar uma visita cortesia para conhecer o novo integrante da família. A neonatologista da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS), Clarissa Carvalho, lembra que alguns cuidados precisam ser respeitados. Além disso, destaca que o ideal é que os pais evitem aglomerações antes dos sessenta dias de vida da criança.
“Não existe um consenso formal de quando deve ocorrer o primeiro passeio, até porque o bebê irá até seu pediatra na primeira semana de vida para verificação do peso e elucidação das dúvidas que surgem com a ida para casa. Seria bom senso evitar aglomerações, shoppings, lugares com muitas pessoas até que a criança complete dois meses, pois é quando o bebê começa a receber as vacinas, lembrando que algumas vacinas são dadas ainda na maternidade”, salienta Clarissa Carvalho.
Já os prematuros, de acordo com a neonatologista, necessitam de ainda mais paciência dos visitantes. A transferência de anticorpos da mãe para o feto, pela placenta, ocorre nos últimos três meses de gestação. Assim, dependendo do grau de prematuridade, esse bebê terá recebido quase nada de anticorpos, sendo razoável adiar as visitas ao máximo.
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Para quem não aguenta esperar para conhecer o recém-nascido, a pediatra alerta que o importante é evitar frequentar a residência da família que apresentar sintomas virais, mesmo que seja apenas “uma rinite”. Ao chegar, lavar bem as mãos, podendo ou não passar o álcool gel. O essencial é lavar as mãos. Para quem estiver com a criança no colo, a médica lembra que o indicado é evitar dar beijos no recém-nascido.
“Fumantes não deveriam pegar bebês pequenos no colo, mesmo que o fumante argumente que fumou na rua e lavou bem as mãos. Os compostos irritogênicos do cigarro ficam impregnados na roupa do visitante e no hálito. Sabemos que o cigarro está bastante associado a ocorrência de bronquiolite, e esta associação aumenta quando o bebê é novinho ou quando é prematuro”, ressalta.
Outro conselho da pediatra é respeitar os momentos mãe-bebê e colocar-se à disposição para ajudar a nova mãe, como buscar água para ela, ajudar em uma refeição ou com alguma tarefa da casa. Deixar que o colo seja dado pela mãe; que ela não precise se preocupar em receber as pessoas e sim se sentir confortável nesse novo papel.
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Fonte: Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul
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