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Happy hour

Visita à Alemanha (final)

Um dia antes do retorno ao Brasil, um grupo decidiu voltar a Hamburgo, já que no dia em que faríamos o tour, estava chovendo. Outros optaram por ficar no alojamento e passear nos arredores. Acompanhei os amigos até um supermercado, eis que estava curioso para ver algumas novidades ali expostas.

Chamou-me a atenção que ali comercializavam óculos de grau. Podia-se escolher o modelo e o grau. Eram baratos e comprei diversas unidades. Presenteei os amigos que não têm condições de pagar uma consulta no oftalmologista. Pelo menos poderiam quebrar o galho nas suas raras leituras de jornais ou dar uma espiada mais nítida nas postagens nas redes sociais da internet. O estoque que trouxe da Alemanha se esgotou em poucas horas. Causou-me surpresa que tantos amigos possuíam “vista fraca”!

 Notei que os alemães cuidam muito da natureza. Os rios que cortam as cidades são limpos. Não há esgoto a céu aberto, garrafas e sacos de plásticos como no Brasil. Reparei que os supermercados e o comércio em geral não fornecem as sacolas de plástico para embalar as mercadorias. Ou o cliente leva a sacola de casa ou compra uma de material biodegradável. As garrafas de vidro também não são reutilizadas. Retornam para as fábricas, são destruídas e recicladas para futura distribuição nas indústrias de bebidas.

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 Resolvi caminhar os cinco quilômetros que separam a Deula de Nienburg. Já havia ido de carro algumas vezes. Comecei a andar sozinho, sem a presença de um amigo que dominasse a língua alemã. Pensei que o alemão que aprendi em Trombudo na infância poderia me ajudar em caso de alguma dúvida no trajeto. Minha intenção era ir para o centro da cidade e me encontrar com uma turma que estava em um restaurante perto da Prefeitura.

 Já caminhava há algum tempo e nada de visualizar o centro. Apareceu uma rua para a direita e a outra seguia para frente. Essa dúvida me angustiou. E não aparecia nenhum pedestre. Era um deserto. E eu cada vez mais atrapalhado. Até que enfim apareceu alguém. Tentei me comunicar e embasbaquei. Não me entendeu e continuou seu caminho. Era um jovem e notei que deu um pequeno sorriso de deboche. Continuei a caminhada.

Lembrei-me do tradutor baixado no meu celular. Gravei a pergunta em português e traduziu para o alemão. Perguntei onde ficava o centro e a Prefeitura. Estaria salvo se encontrasse alguém no caminho. Encontrei um ciclista. Simpático, parou. Mostrei o celular com a tradução. Fez uma meia volta na bicicleta e me acompanhou até o centro. Expliquei que era do Brasil. Ficou contente e tentei manter um diálogo. Ele ria, feliz em poder me ajudar. Largou-me “pifado” e retornou com sua bicicleta.

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Encontrei meus amigos no bar e restaurante situado no subsolo da antiga Prefeitura. Tomei um enorme copo de chope cremoso e bem gelado! Prosit! 

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