Vini Rosa: entre a Psicologia, o Direito e a música

O candelariense Marcos Vinícius da Rosa, 47 anos, nasceu e cresceu em ambiente marcado pela música. E essa manifestação artística acabaria por acompanhá-lo até os dias atuais. Ao longo da caminhada, formou-se em Psicologia e depois ainda em Direito, e se dedica profissionalmente a essas áreas. Mas sem nunca deixar a música de lado, que acabou por constituir uma espécie de hobby, levado a sério, sob o nome artístico de Vini Rosa.

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Vini nasceu no dia 15 de junho de 1976, filho de Celso Marco da Rosa, falecido em 2021, e de Lorelena Knies, que segue residindo em Candelária. Tem ainda a irmã Dafne Louise Rosa, de 30 anos, e a meia-irmã Ana Paula, por parte de pai. Celso dedicara-se à música de forma profissional, dom que lhe surgiu já desde a juventude, quando atuava junto a bandas marciais em escolas, tanto em sua terra natal, Três Vendas, interior de Cachoeira do Sul, quanto em Candelária, onde se fixara e onde casara. Assim, integrou-se em 1969 a uma formação da época, Darci e seu Conjunto (que depois se transformou na banda Miami), introduzindo a primeira guitarra elétrica (no conjunto e na região).

Até que, em 1972, liderou a fundação da banda DivulgaSom, referência musical em Candelária e em toda a região. Foi nesse contexto, de intensa agenda artística, que Vini nasceu e cresceu, acompanhando ensaios e ouvindo os relatos associados a shows e bailes. Começou os estudos na escola Rio Branco e depois ingressou na Concórdia, onde fez o Fundamental e iniciou o Médio, que concluiu no Medianeira. Mas até esse momento ainda não tinha qualquer pretensão de seguir a carreira do pai. Porém, por volta dos 12 para 13 anos, em dado momento o pai estava tirando algumas músicas, no violão, e Vini aventurou-se a acompanhá-lo, sentando na bateria.

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Celso reparou que havia ritmo no que o filho tocava, e desde então passou a incentivá-lo. Mais do que isso: providenciou que estudasse com o professor Astor Rocha, em Santa Cruz, e até o avô materno de Vini se entusiasmou, encarregando-se de trazê-lo sempre para as aulas.

O resultado é que a bateria passou a ser o instrumento com o qual Vini definitivamente se identificou. No início da década de 1990 ele ingressou no conjunto, ao lado do pai, e nele permaneceu até o encerramento das atividades, em 2002. Ainda que deixando a cena, o DivulgaSom marcou o ambiente da música em várias regiões do Estado por exatas três décadas.

Por essa época, e com o Ensino Médio concluído, Vini cogitou estudar Percussão na UFSM. Como não entrou no curso, acabou por voltar-se a Psicologia, no qual ingressou em 1994, na Unisc, formando-se em 1998. Por essa época, em função dos estudos, também se fixou em Santa Cruz do Sul. No ano seguinte tornou-se servidor público municipal concursado, em Candelária, atuando como psicólogo clínico.

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Dessa jornada, um de seus grandes orgulhos é ter gestionado para a implantação do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) na cidade, onde continua atuando. Quando ainda estudava na Unisc, em 1997, casou-se com a conterrânea Rosangela. Em 2009, ingressou no curso de Direito, que concluiu em 2016, também na Unisc. Prestado o exame para a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), integrou-se a um escritório em Vera Cruz.

Após o encerramento das atividades do conjunto DivulgaSom, Vini ajudou a criar a banda Voga, em Santa Cruz, na qual permaneceu até 2015. Ainda nos anos 90, contribuíra para a montagem da banda Complô, voltada a rock/pop estilo anos 70, 80 e 90, na companhia dos músicos Denis Job, Dilson Trindade e Gilnei Ellwanger, com os quais ainda se apresenta com frequência. Além de ser compositor, chegou a fazer performances de Michael Jackson e de Elvis Presley, e se engaja em projetos, como o tributo a Pink Floyd. Mas é mesmo no formato violão e voz que pode ser visto com mais frequência, em bares, restaurantes e eventos sociais, nos quais compartilha canções nacionais e internacionais de sua preferência.