Quando a época de Páscoa se aproxima, Santa Cruz do Sul ganha novos moradores. Nas semanas que antecedem a data, é comum notar um aumento na circulação de indígenas pelas principais ruas da cidade. Munidos de cestas, filtros de sonhos e ramos de chá de macela, neste ano eles vieram de São Valério do Sul, no Norte do Estado, em busca de oportunidades.
Segundo o responsável pelo grupo, Milton Camargo, cerca de 20 famílias, num total de 40 pessoas, chegaram ao município na última semana de março. “Aqui nós somos sempre bem acolhidos pela assistência social. Os negócios também são bons”, afirma. Para as vendas, aliás, eles estão preparados. Somente em cestas, a expectativa é produzir 400 unidades.
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Enquanto parte do grupo se dedica à fabricação, em espaço junto ao Albergue Municipal, no Bairro Bom Jesus, onde também estão abrigados, outros ganham as ruas para realizar as vendas. Na tarde dessa quarta-feira, 9, Ângela da Silva e a neta Janice Camargo, por exemplo, ofereciam o artesanato junto a um supermercado na Rua Borges de Medeiros. “Sempre pedimos liberação para expor em frente aos estabelecimentos”, explica Milton.
Data especial
A previsão do grupo, vindo da Terra Indígena do Inhacorá, é permanecer em Santa Cruz até o domingo de Páscoa. Na véspera, no entanto, eles planejam celebrar o Dia dos Povos Indígenas. Para isso, pedem auxílio da comunidade. “Aqueles que valorizam nossa cultura e costumes são convidados a nos ajudar”, diz Milton Camargo. As doações de agasalhos, alimentos não perecíveis e colchões, entre outros itens, podem ser entregues aos próprios integrantes, junto ao albergue.
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