Integrantes do Sindicato dos Vigilantes de Santa Cruz do Sul e Região realizaram um protesto em frente à sede da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) na manhã desta quarta-feira, 21. O ato é para reivindicar direitos, como vale-alimentação e vale-transporte, além do salários e parcelas do 13° que estão atrasados. A demora no pagamento já vem ocorrendo desde o último mês. No dia 7, quando os funcionários deveriam receber a folha de pagamento, a companhia reteve os documentos.

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O posicionamento pós-retenção gerou dúvidas na categoria, como explicou o presidente do sindicato, Paulo de Lara, à Rádio Gazeta. “Retiveram a fatura, não depositaram em juízo, começaram a não responder nossos e-mails e tiveram reuniões com o Sindicato de Porto Alegre. Algo está estranho. Eles aguardaram o sindicato de Porto Alegre ingressar com um processo para então habilitarem os valores. Isso além de imoral, é ilegal. E a nossa indignação é sobre este trabalho entre Corsan e Sindicato de Porto Alegre. Se a Corsan quisesse romper, deveria ter depositado o valor em juízo e realizar o pagamento dos salários para todos os trabalhadores lotados nos postos da Corsan pelo Estado e não privilegiar apenas os trabalhadores da base de um sindicato”, detalhou.

Agora, o Sindicato da região espera um posicionamento da companhia quanto à situação. Caso não obtiver respostas, a categoria planeja ir até a Justiça do Trabalho para reivindicar os direitos. A Corsan foi contatada pela reportagem e emitiu a seguinte nota:

A Corsan informa que vem realizando a gestão e a fiscalização dos contratos mantidos com a empresa Seltec. A ocorrência de retenção de valores é decorrente da aplicação das cláusulas contratuais, da legislação aplicável e das normas internas.
O atraso no pagamento dos salários dos empregados da Seltec está sendo objeto de diversas ações judiciais, individuais e também coletivas, movidas pelos sindicatos representativos da categoria profissional.
A Companhia atendeu a todas as determinações do Poder Judiciário, com o comparecimento às audiências e o depósito judicial do valor dos créditos existentes por ordem judicial. Em todas as ações judiciais movidas por sindicatos, a Corsan manifestou sua expressa concordância com a liberação dos salários em atraso aos trabalhadores, o que já foi realizado nas ações em que os respectivos sindicatos fizeram tal requerimento.
A Corsan reafirma sua conduta de total compromisso com o cumprimento das obrigações decorrentes do contrato, especialmente o pagamento das verbas trabalhistas, realizando todos os esforços para colocar à disposição dos trabalhadores os valores devidos.

*Colaborou o repórter John Kaercher Machado.

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