Embora este ano tenha iniciado um pouco mais tarde, em função das recorrentes chuvas, as ações de combate ao simulídeo, o mosquito borrachudo , em Santa Cruz do Sul entram agora na fase final. A Secretaria Municipal de Saúde, através da Vigilância Sanitária, está encerrando a segunda aplicação de larvicida biológico em arroios e afluentes, tanto na cidade quanto no interior do município.
De acordo com o coordenador do Programa Municipal de Combate ao Simulídeo, o químico Mário César Righi Dias, somente na zona urbana o produto foi aplicado em 56 quilômetros de cursos d`água periféricos na primeira etapa de aplicação, e em mais 53 quilômetros na segunda etapa. “Estamos com todo o município coberto e hoje não há mais queixas da incidência de borrachudo na zona urbana”, disse. Segundo ele, a ação de combate deve estar concluída em meados de janeiro, quando ocorrerá o término da terceira aplicação. “Caso seja necessário se faz ainda uma dose de reforço”, destacou.
Na sede do município, o trabalho de combate ao simulídeo, conhecido popularmente como borrachudo, é executado por funcionários da prefeitura. Já no interior, com auxílio das agentes de saúde, são formados grupos de voluntários entre os próprios moradores que recebem treinamento adequado para aplicação do produto. Este ano, com a ampliação das estratégias de saúde da família houve um incremento das ações em Monte Alverne e Boa Vista.
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Como ressalta o coordenador, o produto é de baixa toxicidade e não contamina as fontes de água. “Não existe risco, os animais podem tomar a água tranquilamente porque o produto é específico para esta finalidade, não mata nada além das larvas, que são o nosso foco”, disse. Embora o mosquito não seja vetor de doenças, o incômodo da picada, por vezes dolorosa, reduz a produtividade, principalmente, nas localidades do interior, atingindo não apenas mão de obra humana, mas também os próprios animais, como bovinos, suínos, e gerando prejuízos como baixa na produção de leite. “Existem também pessoas que são alérgicas à picada e acabam precisando até de atendimento médico”, pontuou.
A ação de combate ao simulídeo, inseto que se prolifera em ambientes com água corrente e temperaturas altas, é feita anualmente pela Vigilância Sanitária. A demora este ano – a previsão era começar em outubro – no combate ao simulídeo ocorreu em virtude da instabilidade climática. Para aplicação do larvicida, B.t.i.(Bacilus thuringiensis variedade israelensis) é necessária uma sequência de dias secos, a fim de que os mananciais retornem a sua condição normal, uma vez que a água barrenta prejudica a eficácia do produto.
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