Na contramão da economia e também de outros produtos de tecnologia, como os computadores, os videogames devem ter alta de venda neste ano no Brasil. Os consoles estão, inclusive, avançando sobre o terreno das câmeras digitais e dos PCs nas prateleiras, segundo executivos do setor.
“Esses aparelhos ocupavam espaço no varejo. Tanto físico nas lojas quanto em termos de negócios. E videogame uma categoria que tem funcionado. A gente está bem otimista para esse final do ano, apesar do cenário econômico bastante complicado”, diz Anderson Gracias, diretor do Playstation (videogame da Sony) para a América Latina.
De acordo com a empresa de consultoria IDC Brasil, as vendas de computadores devem cair 29% neste ano em relação a 2014, para 7,4 milhões unidades. Enquanto isso, o executivo da Sony espera crescimento de 15% a 20% na comercialização de games em 2015, com títulos importantes como “Assassin’s Creed Syndicate” e “Uncharted 4” chegando às lojas nos próximos meses.
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Quanto à venda do consoles, o otimismo é maior, já que o Playstation 4 passou a ser montado no Brasil -os componentes são importados- e agora é vendido por R$ 2.599. Antes, eram cobrados R$ 4.000.
No entanto, Gracias afirma que o preço pode aumentar nos próximos meses caso o dólar não recue e estabilize.
A Microsoft também espera continuar crescendo no Brasil, apesar de recentemente ter seguido no caminho oposto e aumentado o preço do Xbox One para R$ 2.499. “Nós temos consciência da pressão que sofremos quanto ao preço”, afirma Phil Spencer, chefe da divisão de Xbox da Microsoft. “Acredito que as vendas vão aumentar ano após ano. Com as promoções em que a pessoa compra o videogame e ganha um jogo, eu espero que as vendas sejam maiores em 2015”, diz.
A Warner, empresa que distribui games no Brasil, como “Fifa 16” e a saga “Lego”, o crescimento neste ano deve ser de dois dígitos, de acordo com Nelson Sambrano, diretor de marketing da empresa. A principal dificuldade para atingir esse número é o preço dos games, que também sofreram um reajuste para cima. Lançamentos mais aguardados como “Star Wars: Battlefront” devem custar R$ 300 quando chegarem às lojas. Antes, os títulos não passavam de R$ 250.
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Para Spencer, da Microsoft, a alta do preço dos jogos não deve influenciar no avanço das vendas. “No mercado, há games de diversas faixas de preço: de US$ 10 até os lançamentos das grandes empresas”, afirma.
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