Passava um pouco das 7h15 quando os policiais civis deixaram a base, na DP de Rio Pardo, para cumprir dez mandados na manhã dessa sexta-feira, 26. As ordens judiciais estavam direcionadas a diversos bairros, bem como na área rural. Na Rua Rafael Pinto Bandeira, Bairro Parque São Jorge, um vigilante de 30 anos foi preso por posse ilegal de arma de fogo de uso restrito, pois estava com uma arma artesanal e quatro munições de calibre 32.
Na abordagem, quem atendeu na residência foi o seu irmão, que disse que ele não estava em casa. Nas buscas, os policiais verificaram que o homem se encontrava no imóvel. Ele tentou correr com a arma na mão, mas foi detido e algemado. Na sequência, ainda no mesmo bairro, porém na Rua Canadá, um jovem de 23 anos foi preso.
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Ele estava em posse de porções de maconha e também foi enquadrado em crime contra a fauna, pois em sua casa havia quatro pássaros silvestres: dois azulões (fêmea e macho), um cardeal e um trinca-ferro. Durante a abordagem, os familiares afirmaram que o jovem havia feito aniversário no dia anterior e estava debilitado. Em razão dos entorpecentes encontrados no quarto do rapaz, os policiais acionaram o delegado Faturi.
No local, o titular da DP de Rio Pardo entendeu que havia elementos para conduzir o suspeito à delegacia, não apenas pelas drogas, mas pelos animais. Depois, a Polícia Civil seguiu para o Bairro Bom Fim. Em uma residência da Rua Esmeralda foram apreendidos uma espingarda calibre 20, um rifle calibre 22 e diversos tipos de munições.
Em uma oficina improvisada, aos fundos do imóvel, havia ainda carne de abate e até uma máquina de recarga de munição, com pólvora, espoleta e buchas. O responsável pelo imóvel, de 34 anos, não estava em casa. Quem atendeu os policiais civis foi a esposa dele. O homem irá responder por posse irregular de arma de fogo de uso permitido. Os nomes dos presos não foram divulgados.
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Apreensões ajudam a conter outros crimes
Responsável pela operação no Vale do Rio Pardo, o delegado Anderson Faturi salientou a importância das prisões e apreensões, sobretudo das armas. Ainda que o uso das armas seja para caça ilegal, os equipamentos vendidos de forma clandestina nos grupos de WhatsApp incidiam em outros crimes, como o tráfico de drogas e os homicídios.
“Esse grupo organizado, com núcleo em Rio Pardo e região, desenvolvia atividades de caça predatória e comercialização de armas de fogo, incorrendo assim, inclusive, em crimes contra o meio ambiente. Logramos êxito em apreender uma farta quantidade de armas desse grupo”, disse Faturi. Conforme o titular da DP de Rio Pardo, os policiais civis identificaram uma associação criminosa atuante para as negociações.
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“Além de pessoas que praticavam crimes contra a fauna, identificamos que a grande maioria das armas acabava caindo em mãos de pessoas voltadas para o tráfico de drogas e homicídios. Por isso, existe grande importância em inibir esse tipo de ação, retirando as armas das mãos desses criminosos envolvidos em demais delitos”, finalizou Faturi.
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