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VÍDEO: “Quando eu abri a porta, inalei toda a fumaça”, diz sobrevivente do incêndio no Cetrat

“Nasci de novo.” Assim define Jeferson Ricardo da Silveira, de 32 anos. O santa-cruzense, sobrevivente do trágico incêndio no Centro de Tratamento e Apoio a Dependentes Químicos de Carazinho (Cetrat), que deixou 11 mortos e quatro feridos na noite de 23 de junho, concedeu a primeira entrevista na tarde desta terça-feira, 26, após ganhar alta no Hospital Santa Cruz, nessa segunda-feira, 25. À equipe da Gazeta do Sul, detalhou os momentos de terror que viveu na noite do incêndio.

“Fui dormir cedo, pelas 20 horas. Acordei pelas 23 horas com um barulho de algo estalando. Levantei e quando eu abri a porta, inalei toda a fumaça”, contou Jeferson. Outro santa-cruzense, Andrio Oscar Farias, de 31 anos, estava no quarto com ele. “Chamei ele pra gente arrebentar as janelas. Tínhamos uns bidês ao lado da cama, em que colocávamos térmica, bíblia, livros. Tocamos eles nas janelas, que eram venezianas, e quebramos pra poder sair.”

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Jeferson e Andrio saíram pelos fundos, por um campo, e chegaram na rua que fica na parte da frente do Cetrat. “Por lá tinha bastante gente. Vi o diretor, depois o Deive também, que acabou falecendo no hospital. Na sequência, fui para a ambulância e dali em diante eu não lembro de mais nada”, revelou Jeferson. Ele foi acordar somente no Hospital Cristo Redentor, em Porto Alegre, onde lutaria pela recuperação, depois de ser transferido do Hospital de Caridade de Carazinho.

Depoimento de Jeferson à polícia deve ser nos próximos dias

Além de Jeferson e Andrio, outro morador do município, Luiz Natanael, de 25 anos, também sobreviveu. Outros dois santa-cruzenses, Deive da Silva, de 47 anos; e Luiz Eduardo Ribeiro, de 32, acabaram falecendo no sinistro. A principal suspeita é de que o incêndio tenha iniciado na fiação elétrica do local. No último sábado, 23, encerraria o prazo para conclusão do inquérito do caso pela Polícia Civil.

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Contudo, a delegada Rita Felber de Carli solicitou outras diligências. Familiares e responsáveis pelo Cetrat devem ser ouvidos. O laudo completo do Instituto-Geral de Perícias (IGP) também não foi concluído e deve estar pronto somente em duas semanas. O depoimento de Jeferson deve ser colhido pelos investigadores ao longo dos próximos dias, e é tratado como vital para ajudar a compreender melhor a dinâmica do fato.

A entrevista completa com Jeferson pode ser conferida na edição desta quarta-feira, 27, da Gazeta do Sul. Um vídeo, com todo o depoimento do sobrevivente, também será publicado no Portal Gaz nesta quarta.

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