Alunos dos cursos de Comunicação da Unisc desenvolveram um projeto para combater o discurso de ódio na internet. Como forma de divulgar o trabalho para mais pessoas, o grupo de estudantes, dos cursos de Publicidade e Propaganda (PP) e Produção em Mídia Audiovisual (PMA), entrou em contato com o Gazeta Grupo de Comunicações para a formação de uma parceria.
O trabalho, que vai ao ar a partir desta segunda-feira, 19, tem como slogan “Discurso de ódio: sua liberdade de expressão termina aqui!”. Conforme a aluna de PMA, Paloma Jahnke, 21 anos, o grupo é formado por seis pessoas que desenvolveram o projeto dentro da disciplina de Laboratório de Empreendedorismo e Práticas Comunitárias (Lepc). “Aprendemos sobre empreendedorismo e ideias aplicadas dentro da universidade. O objetivo foi aplicar isso em uma empresa, logo, pensamos em um veículo de comunicação”, conta a estudante do terceiro semestre.
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Paloma destaca que diversas reuniões foram realizadas para chegar ao tema do projeto. “A ideia até surgiu da minha indicação, pois lembro de uma matéria de feminicídio publicada pelo Portal Gaz e na publicação havia um comentário dizendo que a culpa era da mulher. Eu fiquei indignada e entrei em contato com o portal para ver o que poderia ser feito. Essa situação nos norteou o caminho”, relembra.
O grupo de alunos, formado por Victor Antônio Lima de Castro, Elisa Zucatti Simon, Lucas Henrique Marques, Amanda Taís Rodrigues e Leonardo Bryan do Prado Siqueira, além de Paloma, reuniu-se com a equipe responsável pelos conteúdos dos veículos da Gazeta. Assim, uma parceria foi firmada para divulgar o projeto universitário.
O trabalho consiste em um vídeo publicitário que será veiculado tanto no Portal Gaz quanto nas redes sociais da empresa (@portalgaz), abordando os discursos de ódio como forma de conscientizar a população. Também haverá spot de áudio veiculado nas Rádios Gazeta FM 107,9 e FM 101,7. As redes sociais do grupo (Instagram e Tik Tok) também serão canais para divulgação, por meio do perfil @hablemenos, com vídeos e publicações sobre o assunto.
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União de esforços para conscientizar o público por meio do projeto
Para o gestor de Conteúdo Multimídia da Gazeta, Romar Rudolfo Beling, o projeto é de fundamental importância para a sociedade. “É necessário se unir no sentido de inibir ou evitar tais comportamentos. E esse esforço tem de partir especialmente dos veículos de comunicação.”
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Beling ressalta que a Gazeta, com quase oito décadas de atuação, não poderia deixar de se engajar com responsabilidade nesse esforço de esclarecimento. “Quando soubemos dessa iniciativa do grupo de acadêmicos da Unisc, prontamente acolhemos a ideia e a ela nos unimos. Ficamos muito felizes ao constatar que esse time de acadêmicos identificou a pertinência e a importância de dedicar atenção e energia a esse tema.”
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Para a editora multimídia do Portal Gaz, Naiara Silveira Brasil, as campanhas de conscientização como a Hable Menos são relevantes porque espalham mensagens de impacto, buscando estimular a empatia, o ato de se colocar no lugar do outro. “De entender que existe uma pessoa do outro lado da tela. Ações como esta cortam o mal pela raiz”, diz. A editora frisa que “é dito popular que as pessoas só seguem ‘regras’ que doam no bolso – a boa e velha multa. Nesse sentido, as pessoas se blindam pela tela e acreditam que a internet é terra sem lei. Por isso, é importante destacar que sanções são cabíveis (em diversas instâncias) quando crimes são cometidos no meio digital”.
Entrevista – Romar Beling
- O senhor poderia comentar a importância de a Gazeta abraçar essas ideias acadêmicas e o que isso representa?
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Por incrível que isso soe, talvez nos dias atuais usuários de internet, de forma incauta, estejam se engalfinhando em debates, polêmicas, bate-bocas nem sequer alimentados por uma pessoa, mas sim pela própria máquina, por algum serviço automatizado. Cumpre solicitar, fundamentalmente, que as pessoas busquem cercar-se de todas as formas criteriosas de saber ou de descobrir quem, afinal, está emitindo aquela mensagem, a serviço de quem ou de quê, e por quê.
Além dos evidentes problemas ali envolvidos (fake news, desinformação, difamação, que devem ser casos de polícia), há um atentado à saúde, o que envolve angústia, medo, fobias diversas, com decorrências físicas e mentais. Isso pode afetar pessoas de todas as idades, em especial jovens ou adolescentes, ainda sem formação para discernir ou assimilar tudo o que estão consumindo nessas redes.
- Como o projeto será veiculado nas unidades da Gazeta?
A mensagem que o grupo de acadêmicos elaborou, com muita competência e pertinência, será compartilhada em todas as nossas plataformas, jornal impresso e digital, Portal Gaz, emissoras do pool de rádios e redes sociais, em texto, áudio, vídeo e imagens. Tudo produzido de forma muito oportuna por esse grupo de estudantes, que merecem todos os elogios e aplausos por essa iniciativa, atualíssima, importantíssima e vital. E que deveria (e poderia) inspirar outros a ela se unirem e nela se engajarem.
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