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VÍDEO: professores protestam contra o retorno das aulas presenciais em Santa Cruz

Um grupo representativo de professores e funcionários da rede de Educação de Santa Cruz do Sul realizou uma manifestação em frente à 6ª Coordenadoria Regional de Educação na manhã desta quarta-feira, 24. A concentração ocorreu em frente ao Parque da Oktoberfest e seguiu por diversas ruas da cidade. O buzinaço em frente à Coordenadoria durou por cerca de 10 minutos.

Dentre as reivindicações, o grupo protestou contra o retorno das aulas presenciais. De acordo com a diretora do 18º Núcleo do Centro de Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers/ Sindicato), Cira Kaufmann, as escolas devem permanecer em ensino remoto. “Estamos percebendo que o governador Eduardo Leite, assim que for possível, vai retomar as aulas presencias, principalmente na Educação Infantil e nas séries iniciais do Ensino Fundamental. Precisamos defender a vida dos alunos, professores e funcionários”, disse.

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Cira reafirmou que o momento ainda não é adequado para um retorno presencial, sobretudo, por não haver vacinas para todas as pessoas. “A vacina é a única forma de reduzir o contágio e evitar as mortes desse país”, declarou. Segundo a diretora, a pandemia no Brasil não está controlada e a prova disso é o número de mortes no Rio Grande do Sul. Ela lembrou que nessa terça-feira, 23, o número excedeu 500 mortes por Covid-19 no Estado e, no País, houve mais de 3 mil mortos em um único dia.

A diretora do Cpers mencionou ainda a profunda crise da falta de leitos e de vagas nas UTIs, que permanecem lotadas mesmo após três semanas de restrições de atividades econômicas, como principais justificativas para o não retorno das aulas presenciais. “É fundamental que todos trabalhem no sentido de que haja uma vacinação em massa. O governo do Estado tem leis e recursos aprovando a compra de vacinas, mas também não está fazendo sua parte”, pontuou.

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Outras reivindicações

Conforme a diretora do Cpers, Cira Kaufmann, o espaço também serviu para denunciar o impedimento da formação de turmas de Educação de Jovens e Adultos (EJA). “É um trabalho que a Coordenadoria e o governo do Estado têm feito no sentido de reduzir custos. Apesar das escolas apresentarem um número expressivo de alunos querendo se matricular, a 6ª CRE não tem autorizado a abertura de novas turmas.”

Cira mencionou ainda o descontentamento da 6ª CRE em relação à Escola Estadual de Ensino Fundamental Guilherme Simonis, localizada no distrito de Boa Vista, interior do município. “No mês de março os alunos não estavam matriculados e a 6ª CRE não havia nem destinado recurso humano para atender essa escola, mostrando total desrespeito por uma comunidade do interior”, disse a diretora. Na última segunda-feira, 22, a prefeita Helena Hermany encaminhou ao Estado um ofício de municipalização do educandário.

Outra reivindicação, de acordo com Cira, foi a reposição dos salários dos funcionários em Educação, professores e funcionários, que estão há seis anos sem reposição. “Perdemos nosso plano de carreira no governo Leite e, os aposentados tiveram redução nos seus ganhos, pois tiveram que voltar a contribuir para o IPE Previdência”, explicou Cira.

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