A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Esteio, deflagrou na manhã desta quinta-feira, 6, a Operação X-CON III. A ofensiva visa combater os crimes de extorsão e associação criminosa praticados por meio do chamado “Golpe dos Nudes”.
Foram cumpridas 122 cautelares, sendo 39 ordens de prisão, 44 mandados de busca e apreensão e
39 bloqueios financeiros em 15 cidades: Montenegro, Porto Alegre, Passo Fundo, Canoas, Eldorado do Sul, Novo Hamburgo, Estância Velha, São Leopoldo, Sapucaia do Sul, Esteio, Campo Bom, Lindolfo Collor, Xangri-lá e Lajeado. Ao todo, 250 policiais civis participaram da ação.
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O crime
O “Golpe dos Nudes” consiste em um primeiro contato, normalmente por uma rede social ou pelo aplicativo WhatsApp. Uma suposta adolescente instiga uma vítima a trocar mensagens de cunho sexual e fotos íntimas. Na sequência, os criminosos simulam que o caso foi descoberto e passam a exigir dinheiro das vítimas para evitar que o caso seja exposto ou levado à polícia.
Na maioria das vezes, após o recebimento de valores, o criminoso continua exigindo dinheiro dizendo que haverá a necessidade de submeter a adolescente a tratamento psicológico ou, ainda, exigindo o depósito de valores, ameaçando de morte os familiares da vítima.
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Também é comum a presença de outra pessoa envolvida, que se apresenta como policial, muitas vezes com fotos e nomes reais retirados das redes sociais, dizendo que está sendo registrada uma ocorrência e que será expedido mandado de prisão contra a vítima, a levando a depositar ainda mais dinheiro aos golpistas.
A operação
A investigação que deu origem à operação desta quinta iniciou em maio de 2021. As apurações deram origem também à Operação XCON I, realizada em setembro do ano passado.
O ponto inicial foi o afastamento de um sigilo bancário de uma das contas utilizadas para o golpe que tinha movimentado, em 4 meses, a quantia de R$ 357 mil, pertencente a uma egressa do Sistema Penitenciário. A partir daí, foram analisadas transferências efetivadas e constatado que outros tantos indivíduos haviam sido beneficiados, direta e indiretamente pelos valores oriundos do golpe. Em sua totalidade, esses beneficiários tinham relacionamento direto com presos e ex-presidiários faccionados.
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Foram identificados 38 indivíduos que, associados, praticavam as extorsões que vitimaram pelo menos três vítimas, somente no Rio Grande do Sul, sendo uma delas moradora de Flores da Cunha, onde tramita o inquérito policial.
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