VÍDEO: o laço entre cão e bombeiro que auxilia em ocorrências de perigo iminente

O elo entre um bombeiro militar e o seu cão é mais do que uma simples parceria. Chamada de binômio, a união dos dois passa a valer para a vida, a partir do momento em que se encontram, sendo determinante em ocorrências de perigo iminente, podendo garantir a sobrevivência de alguma vítima. No 6º Batalhão de Bombeiros Militar de Santa Cruz do Sul, dois casos exemplificam bem este conceito.

A labradora Safira e o soldado Antônio Marcelo Santos da Silva Júnior já realizam o trabalho juntos há cinco anos. “Essa relação homem-cão, chamada de binômio, se inicia logo após o nascimento do cachorro, quando o pegamos aos 45 dias, após o desmamar da mãe. É imprescindível criarmos esse laço com o cão desde cedo, inclusive o levando para casa quando filhote, para podermos criar um vínculo e desempenhar melhor as funções”, comentou o soldado Marcelo, lotado no Canil dos Bombeiros.

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Ele recém havia chegado ao batalhão quando Safira nasceu. E o treinamento é o mesmo para os dois. “Não adianta só o condutor estar bem e o cão não, pois aí na hora da busca, o condicionamento vai fazer falta. Por isso, realizamos treinamentos diários, o chamado ‘agility’, para deixar tanto eu quanto ela, preparados para as ocorrências”, salientou Marcelo.

O 6º Batalhão de Bombeiros Militar atende 63 municípios. Dentre as ocorrências mais recentes, Safira participou de uma busca a uma pessoa desaparecida em Candelária, há alguns meses. Hoje em dia, a já considerada veterana fica no batalhão, em um espaço reservado. Ela tem como companhia outro labrador. O agitado Barney, que tem dois anos e oito meses e fez a festa nas demonstrações de habilidades junto ao estande dos Bombeiros, no Parque da Oktoberfest, na tarde desta terça-feira, 12.

O cão chegou a correr até o espaço da Afubra, onde algumas pessoas assistiam a apresentação, para ganhar um carinho. “Logo que eu vim para trabalhar aqui no batalhão, eu adquiri o Barney. Ele estava com 49 dias. Ficou uma temporada comigo em casa, e depois intensificamos os treinamentos, no acompanhamento da Safira. Ele vem evoluindo. Agora em agosto, recebemos a certificação anual dos Bombeiros do Estado, em Santa Maria, em aprovação de duas provas de buscas em mata e buscas em escombros, de pessoas vivas”, comentou o soldado Manoel Batista Neto, condutor de Barney.

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Ele ainda ganhou destaque estadual na categoria de busca a escombros. “Somos uma pessoa só, daí vem o nome binômio. Ele trabalha sob meu comando, e eu atuo fazendo a leitura dele, a partir de demonstrações e indicações durante as buscas”, complementou o soldado Manoel. Neste Dia das Crianças, o pequeno Bento Rusch, de 7 meses, no colo do pai Junio Rusch, ficou encantado com Barney e Safira. “Ele adora essa interação com os bichinhos. Adora ir na avó dele, onde tem muitos animais e aproveita”, comentou a mãe Giana Giovanella Rusch.

“Nos ajudam e muito”, afirma o tenente Leal

A média de atuação de um cão junto aos bombeiros é de oito a dez anos. Nos casos de Santa Cruz do Sul, uma mesma mulher foi a responsável por fazer a doação dos dois labradores à corporação. De acordo como o primeiro tenente Evandro Maurício Leal, que é comandante do 1º pelotão de Bombeiros Militares de Santa Cruz do Sul, os cães são ferramentas importantes dentro da organização técnica. “São cachorros com procedência, registrados e dentro de uma legalidade para estarem dentro da entidade. Nos ajudam e muito para otimizar o tempo, facilitando o nosso trabalho. E essa situação do binômio faz com que haja um respeito mútuo entre cão e bombeiro, como uma espécie de simbiose. A partir de movimentos ou mesmo de ondas de calor, o cão faz a leitura das características em uma ocorrência, que auxilia na busca a uma pessoa desaparecida”, explicou o tenente Leal.

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O comandante também salientou a importância dos cães em salvamentos onde há prédios ou locais comprometidos após desastres naturais ou incêndios. “O peso do ser humano tem uma concentração maior. Já do cão é distribuído nas quatro patas, é menor, isso dá uma vantagem na busca em locais com estruturas colapsadas. Se torna uma ferramenta imprescindível”.

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Heloísa Corrêa

Heloisa Corrêa nasceu em 9 de junho de 1993, em Candelária, no Rio Grande do Sul. Tem formação técnica em magistério e graduação em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo. Trabalha em redações jornalísticas desde 2013, passando por cargos como estagiária, repórter e coordenadora de redação. Entre 2018 e 2019, teve experiência com Marketing de Conteúdo. Desde 2021, trabalha na Gazeta Grupo de Comunicações, com foco no Portal Gaz. Nessa unidade, desde fevereiro de 2023, atua como editora-executiva.

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