Caso policial que marcou a região neste primeiro trimestre do ano, o assalto a banco em Amaral Ferrador entrou para a história, não apenas pelo tempo recorde de resolução da ocorrência – em 50 horas a Brigada Militar capturou os autores, recuperou o dinheiro e apreendeu armas –, mas também pelo nível de tensão gerado na população local, que se viu mais uma vez envolta em uma situação do tipo, de tantas pelas quais passou durante os últimos anos.
Nesse último caso, ocorrido entre a manhã do dia 7 e o início da tarde do dia 9 de fevereiro, a atuação de repressão da polícia gerou um resultado impecável. Um desdobramento inusitado, no entanto, ocasionou uma série de comentários nas redes sociais. E o episódio, conhecido como “o caso da melancias”, foi esclarecido pelo coronel Giovani Paim Moresco no podcast Papo de Polícia, produzido pela Gazeta Grupo de Comunicações.
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Segundo o coordenador da operação exitosa em Amaral Ferrador, tudo começou em um vídeo gravado e postado por uma pessoa, durante o cerco aos assaltantes que estavam escondidos em uma área de mata em Encruzilhada do Sul. “As imagens mostravam que alguns PMs estavam em uma lavoura de melancias, recebendo do proprietário algumas frutas para que fossem distribuídas ao efetivo que estava há inúmeras horas prostrado no terreno, sob um sol forte, com uma temperatura de 39 graus desde o dia anterior”, contou.
Conforme o coronel, o fato foi motivo de discussões das mais acaloradas e profundas nas redes sociais, com comentários do tipo “ao invés de estarem procurando os criminosos, estão colhendo melancias”. “Quem sabe como é estar há 24 horas em uma barreira, sem dormir, com momentos de tensão, num cerco policial? Então quer dizer que o PM não bebe água? Não pode ganhar uma melancia para saciar a sede?”, questionou Moresco.
Por fim, ainda sobre o episódio, o comandante do Comando Regional de Polícia Ostensiva do Vale do Rio Pardo (CRPO/VRP) agradeceu ao proprietário que forneceu as frutas. “Eu não sei quem é ele, mas fica o nosso agradecimento e um grande abraço, pois teve um oceano de humanidade em ofertar algo para trazer um pouco de bem-estar àquelas pessoas que, por contingência de sua profissão, estavam ali trabalhando em prol da comunidade. Esse fruto da nossa terra com certeza trouxe vigor físico para que os policiais militares continuassem na empreitada, que resultou, no fim, em quatro presos.”
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