Rendido ao abrir a janela no segundo andar de seu duplex, no Bairro Castelo Branco, em Santa Cruz do Sul, o motorista de aplicativo Pernambuco, de 41 anos, não tinha outra opção senão levantar suas mãos e se entregar. Estava sem saída, com a mira laser de uma pistola apontada para o seu peito e dez agentes no portão da residência. Minutos depois, soube que havia contra ele um mandado de prisão preventiva, solicitado pela delegada Lisandra de Castro de Carvalho e autorizado pela juíza Daniela Ferrari Signor.
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A reportagem da Gazeta do Sul teve acesso exclusivo a um vídeo que mostra os bastidores da abordagem policial realizada durante a captura do homem, na chamada Operação Fast Drugs. A ofensiva foi deflagrada na última quinta-feira, por volta de 6 horas, pela Delegacia de Polícia (DP) de Vera Cruz, com apoio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco). Na abordagem, enquanto policiais já ocupavam a área dos fundos do imóvel, outra parte da equipe tentava o acesso pelo portão.
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Ao abrir a janela do quarto no andar superior, Pernambuco deparou-se com os agentes, que não deram saída. Rendido, viu os policiais acessarem sua residência com um aríete tático e dominarem o ambiente em poucos minutos. A investigação de cerca de quatro meses apontou que o homem de 41 anos estaria transportando, intermediando e vendendo drogas para a facção Os Manos, dentro de uma célula coordenada por um jovem de 21 anos, atualmente preso, que é identificado nos meios policiais pelos apelidos de Imperador e TR.
Advogado crê na inocência de acusado
Nessa segunda-feira, 28, a delegada Lisandra conversou com a Gazeta e declarou que as investigações continuam. A DP de Vera Cruz tem prazo de 30 dias para o encerramento do inquérito, mas conforme a chefe da apuração, o procedimento deve ser remetido antes ao Poder Judiciário. A reportagem também conversou com o advogado Felipe Raúl Haas, que faz a defesa de Pernambuco. Segundo ele, já na sexta-feira entrou com um pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), com sede em Porto Alegre.
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Mas a liminar foi negada, com a manutenção da prisão preventiva e justificativa de garantia da ordem pública. “A linha de defesa segue a mesma, que meu cliente é inocente, motorista de aplicativo, possui família e nega as acusações. As provas que até agora o incriminam são conversas de WhatsApp que, na visão da defesa, são incapazes de embasar a futura ação penal que está por vir. Na casa dele, nada de ilícito foi encontrado, bem como inexiste qualquer ligação dele com qualquer tipo de droga, além de conversas no Whats App”, disse o defensor.
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