O santa-cruzense Raul Dorfey teve de assumir um papel improvável na noite dessa segunda-feira, 28. O morador do Bairro Santuário estava em seu carro, levando o filho Gabriel Dorfey até Sinimbu, onde o jovem reside. No entanto, enquanto andava pela RSC-471, na altura do distrito de Rio Pardinho, se deparou com uma jaguatirica, ferida nas patas traseiras devido a um atropelamento.
“Estava atirada no asfalto. Parei o carro e vi que estava viva”, relata Raul. Com a ajuda do filho, ele conseguiu agarrar a jaguatirica, amarrando suas patas traseiras com uma sacola. Assim, sua intenção era encaminhá-la o mais rápido possível a algum órgão competente. No entanto, Raul conta que teve de ficar com o animal embaixo do estepe de seu veículo por três horas até que conseguisse achar um destino adequado.
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Primeiro, ele ligou para o Corpo de Bombeiros Militar. Porém, ouviu a resposta de que não era competência do órgão. Também tentou com a Guarda Municipal, mas disseram que não havia biólogo de plantão na cidade. Depois, voltou aos Bombeiros, os quais orientaram que o destino adequado seria a Patrulha Ambiental, de Porto Alegre. “Eu disse, ‘mas eu não posso levar o bicho para casa, nem deixar o bicho morrer na rua, né?’ Seria um crime deixar o bicho morrer. É um bicho que está em extinção, muito difícil de se ver”, conta.
Enfim, três horas depois de ter resgatado a jaguatirica, Raul foi informado de que conseguiriam deixá-la no Hospital Veterinário da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), em Pinheiral. Os Bombeiros encaminharam o animal aos cuidados da instituição. “Nesse vai-e-vem, conseguiram resolver”, frisa o morador do Santuário.
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