Dois anos após o início da pandemia de Covid-19 no Brasil, pesquisas apontam que, cada vez mais, criminosos têm aliciado pelas redes sociais crianças e adolescentes para que enviem fotos e vídeos íntimos. Para auxiliar pais e cuidadores a lidarem com este grave problema, o Ministério Público do Rio Grande do Sul lançou nas redes sociais na última semana a campanha de prevenção ao abuso sexual infantil online FALE, em parceria com a ONG Internet Watch Foundation (IWF), do Reino Unido.
A campanha indica, a partir do F.A.L.E., maneiras práticas de ajudar crianças e adolescentes a reduzir riscos e usar a internet com mais segurança: FALE com suas crianças e adolescentes sobre abuso sexual online. Comece a conversa e ouça as suas preocupações; APRENDA como usar ferramentas, aplicativos e configurações que podem ajudar a manter a sua criança segura online; LIMITE em conjunto o uso da internet e estabeleça acordos com a sua família sobre regras básicas acerca do uso da tecnologia; e ENTENDA sobre plataformas e aplicativos que seus filhos usam e adoram. Mostre interesse pela vida online deles.
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Como parte da ação, é disponibilizada uma cartilha digital que serve de guia para que pais e cuidadores participarem da vida online das crianças e adolescentes, prevenindo que eles se tornem alvo de aliciadores sexuais na internet. O guia traz respostas para questões como: O que é abuso sexual infantil online? Como os abusadores agem? Por que minha criança ou adolescente corre risco de que isso aconteça com ela? Para acessar a cartilha, clique aqui.
Responsável pela iniciativa no MPRS, a coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Infância, Juventude, Educação, Família e Sucessões, Luciana Cano Casarotto, destacou que a pandemia tornou pior o cenário virtual, que já não era favorável para crianças e adolescentes, pois ficaram mais expostos a esta realidade com o período de distanciamento social necessário. “A cartilha feita pelo IWF e adaptada pelo MPRS é um mecanismo de auxílio que orienta pais e responsáveis a estarem ainda mais alertas em ambientes online quando seus filhos e crianças estiverem conectados”, ressaltou.
Segundo dados da Safernet Brasil (associação com atuação nacional na promoção e defesa dos direitos humanos na internet do Brasil), de janeiro a abril de 2021, foram denunciadas 15.856 páginas que continham pornografia infantil, o que representa um aumento de 33,45%, comparado ao mesmo período do ano anterior. Em 2020, primeiro ano da pandemia de Covid-19 no Brasil, a Safernet recebeu 98.244 denúncias anônimas de páginas da internet contendo pornografia infantil. O número é 102,24% maior do que o registrado em 2019, quando 48.576 páginas foram reportadas.
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