Polícia

VÍDEO: Menezes dispara sobre descriminalização da maconha pelo STF: “é um absurdo”


A apreensão de 47 quilos de drogas realizada pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Santa Cruz do Sul nessa terça-feira, 9, gerou um prejuízo estimado em R$ 300 mil para a organização criminosa armada e voltada ao narcotráfico e que domina o comércio de entorpecentes no Vale do Rio Pardo. Esse alto valor que circula no submundo do crime é algo que preocupa as forças policiais.

Conforme o delegado regional Luciano Menezes, a traficância costuma ser um delito lucrativo, porém em Santa Cruz do Sul acaba por ser muito mais em razão de uma peculiaridade. “Os usuários daqui têm uma diferença em relação aos de outras cidades que têm menos poder aquisitivo. Aqui se consome muita cocaína pura”, detalhou.

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“Essa quantidade apreendida, se misturada a outros elementos, pode render até 9 quilos de cocaína batizada. Mas aqui há uma fidelidade do público ao consumo desse entorpecente puro, que é extremamente caro”, complementou. Ao falar sobre o incansável trabalho da polícia para conter o avanço das facções criminosas e o comércio de entorpecentes, Menezes criticou a recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a descriminalização da maconha.

No dia 26 de junho, foi fixada a quantidade de 40 gramas como critério para diferenciar usuários de traficantes. Segundo o delegado regional, existem campanhas como o Proerd da Brigada Militar e o Papo de Responsa da Polícia Civil que tentam conscientizar a juventude para não consumir substâncias entorpecentes, mas é algo que não se administra facilmente.

“Somos incansáveis no combate ao tráfico, muita embora tenha essa decisão recente do STF que é um absurdo. Tanto é verdade que isso está aí”, disse ele apontando para os mais de 40 quilos de maconha apreendidos. “É uma grande hipocrisia, pois o Estado não controla o fornecimento disso, como ocorre nos Estados Unidos. De qualquer forma, a polícia continuará defendendo os interesses da sociedade e da saúde pública.”

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Maconha enterrada em tonéis estava embalada em plásticos nas cores preto e branco | Foto: Rafaelly Machado

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Cristiano Silva

Cristiano Silva, de 35 anos, é natural de Santa Cruz do Sul, onde se formou, na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), em 2015. Iniciou a carreira jornalística na Unisc TV, em 2009, onde atuou na produção de matérias e na operação de programação. Após atuar por anos nos setores de comunicação de empresas, em 2013 ingressou no Riovale Jornal, trabalhando nas editorias de Geral, Cultura e Esportes. Em 2015, teve uma passagem pelo jornal Ibiá, de Montenegro. Entre 2016 e 2019, trabalhou como assessor de imprensa na Prefeitura de Novo Cabrais, quando venceu o prêmio Melhores do Ano na categoria Destaque Regional, promovido pelo portal O Correio Digital. Desde março de 2019 trabalha no jornal Gazeta do Sul, inicialmente na editoria de Geral. A partir de 2020 passou a ser editor da editoria de Segurança Pública. Em novembro de 2023 lançou o podcast Papo de Polícia, onde entrevista personalidades da área da segurança. Entre as especializações que já realizou, destacam-se o curso Gestão Digital, Mídias Sociais para Administração Pública, o curso Comunicação Social em Desastres da Defesa Civil, a ação Bombeiro Por Um Dia do 6º Batalhão de Bombeiro Militar, e o curso Sobrevivência Urbana da Polícia Federal.

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Cristiano Silva

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