A Polícia Civil de Venâncio Aires deflagrou na manhã dessa quarta-feira, 6, a Operação Fábrica de Ecstasy, que visou combater crimes de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Onze pessoas foram presas e outros dois estão foragidos. As investigações, ocorridas ao longo de um ano, apuraram a atuação de um braço da facção Os Manos, que utiliza uma máquina para fabricar ecstasy em grande quantidade. Coordenada pelos delegados Paulo César Schirrmann e Vinícius Lourenço de Assunção, a ofensiva mobilizou 80 policiais do Vale do Rio Pardo e Taquari.
Conforme as apurações da Polícia Civil, a máquina responsável por produzir em larga escala o ecstasy vendido na região chegou em Venâncio Aires em agosto do ano passado. Pela complexidade do funcionamento, inicialmente os traficantes não souberam como manuseá-la. Após três meses de tentativas, acionaram um homem especialista em montagens que veio de Santa Catarina para fazer o equipamento operar.
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No fim do ano passado, houve apreensões de comprimidos de ecstasy em Venâncio Aires. A partir do acesso ao celular de um suspeito nesse caso, a Seção de Investigação (SI) da DP de Venâncio Aires extraiu vídeos, conversas e imagens da fabricação da droga sintética em larga escala em uma chácara no interior do município.
Vendido de maneira ilegal, o ecstasy é produzido sob a forma de comprimidos, com cores, aspectos, dimensões e logotipos variados, e possui propriedades estimulantes e alucinógenas. Em vídeo divulgado pela Polícia Civil, é possível ver como funciona a fabricação da droga sintética em Venâncio Aires. O composto presente que é proibido é a metanfetamina.
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Mas os traficantes misturam cafeína, celulose, corante e outros compostos e insumos antes de chegar no produto final. Este é prensado e embalado para a venda, que ocorre principalmente em festas clandestinas. A produção no maquinário instalado de forma itinerante ocorria em escala industrial, com grande quantidade de comprimidos sendo expelidos por minuto pelo equipamento.
Além disso, na extração de informações pelos policiais, identificou-se que o grupo envolvido na produção, que é chefiado por um apenado da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc), possui armamento pesado, de grosso calibre e uso restrito. Os criminosos exibem essas armas em vídeos para reforçar a capacidade de intimidação e o grau de organização.
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