Pelo menos 30 indivíduos saquearam um caminhão em Santa Cruz do Sul nessa quinta-feira, 22. Poderia ser uma notícia policial, mas acaba por ser uma cena inusitada e até engraçada. Isso porque os “indivíduos” eram macacos-pregos. Moradores do Parque da Gruta, os animais aproveitaram uma entrega de frutas no Restaurante da Gruta e fizeram a festa.
As imagens foram registradas pelo empresário e corretor de imóveis Eder Azeredo, que compartilhou os vídeos com a reportagem do Portal Gaz. Ele estava no parque nessa quinta fazendo um churrasco com amigos quando o “roubo” aconteceu. “Os macaquinhos derrubaram o lixo e não acharam nada. Nós ainda comentamos, que eles foram querer comer alguma coisa e não acharam. Dez minutos depois, parou um caminhão que fornece frutas para o Restaurante da Gruta. Nisso um dos macacos foi lá e começou a comer banana, e ele começou a fazer um barulho, tipo um chamado pros outros companheiros ou familiares dele. Daqui a pouco invadiram mais de 30 macacos no caminhão e começaram a comer”, contou o santa-cruzense.
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Pontuais para o almoço – o furto foi às 12h40 -, os macacos fugiram com bananas, uvas e maçãs. A cena chamou atenção e foi compartilhada nas redes sociais de Azeredo, onde fizeram sucesso. “Foi demais ter registrado no vídeo o macaquinho com o filhotinho”, comentou o empresário.
Apesar da cena inusitada, esta não é a primeira vez que o “ataque” acontece. Conforme o gerente do Restaurante da Gruta, Sandro Luís da Costa, os animais “roubam” algumas frutas quando a entrega acontece, semanalmente. Nessa quinta, no entanto, o número de macacos – entre 30 e 40 – foi maior do que o costume. “Eles têm alguns horários de passar aqui, na rota deles. Sempre dão uma passadinha pela manhã”, detalhou.
“Eles são a atração do parque, todo mundo vem querendo ver os macacos. É um entretenimento. Eu vejo como atrativo para o turista. Só que a nossa fauna não é muito frutífera, aí às vezes eles vêm procurando algo, mexendo, até abrindo portas. Eles são bem atrevidos, mas são uma bênção. Ontem encheram a barriguinha de fruta”, disse, entre risos.
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O biólogo Andreas Köhler, professor do Departamento de Ciências da Vida da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), afirmou que os animais são da espécie mico-prego ou mico-de-topete. “Eles se alimentam de frutas, sementes e insetos. Não atacam, pegam o alimento onde é mais fácil”, explicou.
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“Às vezes as pessoas ficam com medo, mas eles não atacam. Eles são mais ‘de boa’, sempre estão atrás de comida, de se alimentar. Quando não tem o caminhão de frutas, eles atacam os lixos”, comenta o gerente do restaurante. “Os turistas às vezes perguntam: ‘que hora vocês vão soltar os macacos?’ Mas não, eles não são presos, são da natureza. Eles têm um horário de manhã que sempre passam, ali por 10, 11 horas, às vezes meio-dia. É sagrado, eles fazem a visita pra ver como é que está o parque deles. Mas é isso aí, nós estamos no habitat deles e para nós eles são uma bênção”, detalha.
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