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Amor ao próximo

VÍDEO: irmãs confeccionam bolachas de Páscoa para pacientes do HSC


Renascimento, esperança e fé são algumas das palavras que podem ajudar a descrever o que a Páscoa representa para cada um. A verdade é que muitos outros termos seriam necessários para mencionar o impacto que a celebração religiosa tem para a humanidade. Além da variedade de expressões, há também uma série de vivências que fazem parte da vida de cada um que se envolve com a data. Mas em todas as histórias, uma palavra se destaca: família. Como as irmãs que trabalham juntas há 40 anos com o propósito de levar a alegria para pacientes.

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Gesto de amor ao próximo

Há mais de 30 anos, a Páscoa das pessoas que estão internadas no Hospital Santa Cruz (HSC) ganha um pouco mais de alegria em um momento que nem sempre é fácil diante de alguma enfermidade. As responsáveis por isso são as irmãs Ilse Neumann, de 68 anos, e Neli Müller, de 69 anos. As confeiteiras irmãs atuam na padaria da casa de saúde há mais de quatro décadas e desde então produzem bolachas em formato de coelhinhos que ganham cobertura doce e colorida. Pela manhã, no domingo de Páscoa, os pacientes recebem o presente. 

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Antes de ir para a padaria, Neli trabalhava em outro setor. A mudança aconteceu há aproximadamente 30 anos e desde então os coelhinhos são produzidos. “É uma tradição que veio da época das freiras. De manhã cedo, no dia de Páscoa, a gente coloca um coelhinho para cada um e todos ganham”, explica Neli. Neste ano, foram produzidas quase 200 unidades da bolacha. No Natal, são feitas bolachinhas coloridas que também são distribuídas para os pacientes. 

Ilse Neumann e Neli Müller preparam deliciosas bolachas para presentear pacientes | Foto: Albus Produtora

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Neli está trabalhando no hospital há 45 anos. Foi ela quem convidou a irmã Ilse para atuar no mesmo local, e a irmã mais nova está empregada no HSC há 42 anos. “Morávamos no interior e andávamos sempre juntas, onde uma estava a outra também estava. Depois, quando casamos, a Ilse foi para Venâncio Aires e um dia ela disse que também gostaria de trabalhar aqui. Aí eu falei para minha patroa e ela disse que eu poderia buscar minha irmã, que tinha vaga. Tirei ela de lá e trouxe para cá”, relembra Neli. “Fiquei uns oito meses vindo de ônibus todos os dias, mas era muito cansativo e por isso vim morar aqui”, conta Ilse.  

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A produção das bolachas de Páscoa e de Natal já virou uma tradição das duas e é algo que elas fazem porque realmente gostam, sem necessidade de que alguém solicite. “É muito legal. Nos sentimos bem em poder fazer isso, ainda mais para as crianças”, enfatiza Neli.

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A iniciativa vem delas mesmas, como relata Cinara dos Santos, que é uma das nutricionistas do HSC. “É um gesto de carinho, elas são muito genuínas nesse ato de confeccionar as bolachinhas. É uma coisa que trazem consigo. Eu trabalho há 13 anos aqui no hospital com elas, mas isso já é de muito tempo antes. Quando está chegando perto da data, já pedem a compra dos insumos para produção”, frisa Cinara.

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