Mais do que uma conexão entre Santa Cruz do Sul e Porto Alegre, o voo que agora é disponibilizado pela Azul Linhas Aéreas é também uma experiência que vale a pena ser vivida. No sábado, 7, a convite da companhia, a Gazeta do Sul teve a oportunidade de testar a viagem na aeronave modelo Cessna Grand Caravan.
O dia ensolarado e de céu limpo contribuiu ainda mais para que a experiência fosse ímpar. Logo ao chegar ao Aeroporto Luiz Beck da Silva, em Santa Cruz, já foi possível perceber a movimentação de populares que foram até o local para aproveitar o tempo bom, mas também para ver o que ainda é uma novidade na região. A retomada dos voos comerciais no município gerou grande entusiasmo na comunidade, já que é fator relevante para o desenvolvimento econômico.
Feito o check-in pelo site da Azul – de forma rápida e simples – ao chegar ao terminal de passageiros, construído pela Prefeitura para recepcionar os viajantes, o processo de embarque tem início. Gentilmente, os funcionários da Azul Cargo Express realizam a averiguação dos documentos. O embarque começa no horário previsto, às 14h50. A condição climática favorável faz com que não haja atraso.
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A viagem é comandada pelos pilotos Eduardo e Phelipe, que fazem a recepção e conduzem os passageiros aos assentos. O Caravan é uma aeronave pequena. Dentro dele, um adulto não consegue ficar em pé, por exemplo. Em contrapartida, quando o passageiro já está sentado, é mais cômodo e espaçoso do que um avião comercial normal, pois é possível esticar mais as pernas. Diferente também de uma outra aeronave, no Caravan os passageiros e os pilotos ficam no mesmo compartimento, ou seja, não há separação, sendo possível ver todas as ações dos comandantes do voo.
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Com capacidade para nove pessoas além dos pilotos, no voo desse sábado, 7, seis pessoas embarcaram com destino à Capital. Entre eles, uma família de quatro integrantes foram os primeiros a comprar as passagens. Rafael Rauber, de 53 anos, Andiara Rauber, 44, Julia Rauber, 21, e Eduardo Rauber, de 62, contaram que quiseram conhecer o voo e que o objetivo foi passear.
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Ao final da aterrissagem, elogiaram a viagem. “O voo foi muito estável, muito bom e bem tranquilo. Vale a pena fazer simplesmente a passeio, porque é bonito olhar as ilhas, as cidades”, comentou Rafael, que espera que as operações continuem. “Eu adorei”, completou Andiara. Na próxima semana, Rafael e Andiara viajam para São Paulo com a filha Julia, que está estudando para ser comissária de bordo. “Eu já terminei o curso teórico e agora vou fazer a prática”, contou a jovem.
Mariana Pinto Ribeiro, de 40 anos, que viajou sozinha, é moradora da Capital e estava em Santa Cruz para visitar o namorado. Ela relatou que, a partir de agora, sempre que puder, fará a viagem de avião. Isso porque um acidente grave na RSC-287 quase a matou e a deixou com medo de pegar a estrada. “Fiquei traumatizada. Eu espero que esse serviço continue. Foi uma viagem muito agradável. A chegada sobrevoando a zona sul também é muito bonita”, avaliou.
A aterrissagem no Aeroporto Salgado Filho também é muito tranquila. Ao sair do avião, um ônibus já espera os passageiros para encaminhá-los à área de desembarque, onde é possível retirar a bagagem, caso o cliente tenha despachado malas.
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Um dos profissionais que conduzem o embarque é Cassius Kist, da Azul Cargo Express. Ele explicou que a empresa pode carregar até 200 quilos de todo tipo de carga, exceto as perigosas. “Atendemos 4,5 mil municípios com um prazo médio de entrega de até dois dias e urgentes até um dia. Agora, com a Azul Conecta aqui em Santa Cruz, a gente vai conseguir atender, conforme o destino, em até 10 horas.”
Adoro as experiências que o jornalismo pode proporcionar. Viajar de Santa Cruz para Porto Alegre em rota aérea foi algo inspirador. Pela viagem em si, que fez com que eu me surpreendesse com a vista e com a qualidade do voo, mas também por poder, mais uma vez, ouvir histórias de gente como a gente.
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Tive a alegria de encontrar uma família muito simpática que me contou o que achou da experiência. Coincidentemente, a mais jovem do grupo, a Julia, está estudando para ser comissária de bordo e fará sua vida nas alturas. Outro relato que me chamou a atenção foi o da Mariana, que viajou sozinha. O voo entre as duas cidades gaúchas veio em boa hora para ela que, após um grave acidente de carro, estava com medo de pegar a estrada.
Eu tive a sorte de voar em um dia lindo de sol. Sem neblina, pude observar, do alto, a bela Santa Cruz, cidade que é minha casa há apenas três meses, e rever Porto Alegre, que foi meu lar por cinco anos. Passei também por lavouras que mais pareciam tapetes verdes, rios e pontes. O Caravan voou a 7 mil pés (pouco mais de 2 mil metros), de acordo com o comandante Eduardo. Ou seja, mais baixo que um avião maior, o que possibilita que toda a viagem seja agraciada com as belas paisagens. Foram 40 minutos, mas que passaram voando, literalmente.
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