Na tarde deste sábado, 3, um grupo de familiares de detentos da Penitenciária Estadual de Venâncio Aires (Peva) se reuniu na frente da casa prisional para protestar. Eles alegam que o local está com racionamento de água e pedem mais flexibilização na hora de levar alimentos aos detentos e prioridade para os presos e agentes do sistema prisional na vacinação contra a Covid-19.
A esposa de um detento, que prefere não ser identificada, relatou que os presidiários estão tento acesso a água apenas em dois horários do dia e por pouco tempo – das 7 às 8 horas e mais cerca de 30 minutos no começo da noite. “A água tem que ser liberada 24 horas por dia, como nas outras cadeias. Eles já estão aqui pagando pelo que fizeram de errado e nós queremos ver os nossos familiares bem. Faz mais de ano que é assim, isso não é humano. Sem falar que no inverno desligam a luz para tomarem banho gelado”, diz.
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Outro ponto é com relação à entrega de sacolas com mantimentos. “Em todas as cadeias entra pote de comida pelo menos uma vez por semana. Aqui em Venâncio, desde o início da pandemia, não podemos entregar mais nada. Se isso não mudar, assim como a questão da água, faremos mais manifestações.”
Contraponto
Em resposta ao Portal Gaz, a titular da 8ª Delegacia Penitenciária, Samantha Longo, a questão da água já foi em, outras oportunidades, inclusive abordado entre Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), apenados e defensoria pública.
“Todos os apenados têm acesso ao fornecimento de água todos os dias da semana. Possuem acesso a chuveiro e torneiras com água potável para consumo. Ainda, pela gestão administrativa da unidade prisional, é permitido que os apenados armazenem garrafas de água potável para consumo no interior da celas.”
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Sobre o encaminhamento dos alimentos, ela diz que diariamente os apenados recebem alimentação fornecida pelo Estado. “Também são autorizadas as visitas, conforme cronograma, com datas informadas de forma antecipada pela gestão local, a entrega de alimentos e itens de higiene pessoal, permitidos em portaria da Susepe.
Ela acrescenta ainda que a entrega conforme cronograma se dá em razão da pandemia e da suspensão ou restrição das visitas em todo o Estado, “que exige que sejam adotadas medidas sanitárias mais rígidas na vistoria de materiais. Tão logo a visitação seja restabelecida, ou seja, autorizada pela Secretaria de Administração Penitenciária a todos os presídios, o recebimento de materiais retornará de forma normal junto aos dias de visitas.”
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Sobre a vacinação de apenados, ela salienta que “a 8ª DPR, através de todas suas Unidades Prisionais, segue respeitando as determinações estabelecidas no Plano Nacional de Vacinação criado pelo Governo Federal, relativas a datas e grupos prioritários.”
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