O fim da tarde desta segunda-feira, 27, reservou uma cena não muito comum para aqueles que passaram pela Praça da Bandeira, no Centro de Santa Cruz do Sul. Um enxame de abelhas, que já estava instalado há alguns dias no local, foi retirado pelo apicultor e presidente da Associação dos Apicultores de Santa Cruz, José Carlos Haas. O resgate da colmeia foi necessário, segundo ele, porque os insetos já estavam ficando agressivos – houve registro de ataque a alguns funcionários da Prefeitura.

A prática de remoção de enxames de lugares inapropriados é realizada durante o ano inteiro pelos sete apicultores integrantes da associação. De acordo com Haas, há uma parceria com as secretarias de Meio Ambiente e Agricultura, cujo principal objetivo é a preservação das abelhas. “Assim, evitamos que matem envenenadas, como era comum antigamente. Hoje há legislação que proíbe isso”, comentou. Atualmente, a associação já conta com mais de 200 colônias recolhidas.

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As abelhas que estavam na Praça da Bandeira eram de espécie com ferrão, de origem europeia-africana. Haas considera o serviço importante, especialmente no perímetro urbano. “Essas abelhas se alocam em buracos, telhados, galhos, qualquer ambiente é favorável”, relatou. Os resgates acontecem partir de autorização da Guarda Municipal, que isola o local. A atividade, conforme o apicultor, deve ser realizada sempre ao cair da tarde. “Conseguimos acessá-las para removê-las utilizando mecanismos como a fumaça, que neutraliza o feromônio da rainha, impedindo que as demais ferroem”, explicou.

Além de utilizar equipamentos de proteção individual, Haas, que tem experiência de quase 30 anos na área, garante que todas as manobras são executadas pensando na segurança dos insetos e das pessoas que podem estar nas proximidades do local. “Isso é importante pela preservação”, pontuou. As abelhas, agora, serão encaminhadas a um apiário adequado, no interior do município, onde poderão se desenvolver de forma adequada.

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