A solenidade de transmissão do cargo de governador do Estado do Rio Grande do Sulfoi realizada nesta terça-feira, 1º, às 17 horas, no Salão Negrinho do Pastoreio do Palácio Piratini. Teve início logo após a sessão solene de compromisso constitucional e posse do governador e do vice-governador eleitos.
Por volta das 16 horas, o governador eleito do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), tomou posse do cargo, com o vice-governador Delegado Ranolfo (PTB). A cerimônia foi realizada na Assembleia Legislativa do Estado.
O tucano derrotou no 2ª turno com 53,6% dos votos José Ivo Sartori (PMDB), que concorria à reeleição. Aos 33 anos, Leite é o governador mais jovem do País. O deputado estadual Marlon Santos (PDT), presidente do Poder Legislativo local, comandou a sessão solene. Após a cerimônia, Leite se dirige ao Palácio Piratini para transmissão do cargo pelo ex-governador José Ivo Sartori (MDB).
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O novo titular do Palácio Piratini destacou a necessidade de se adaptar a alterações na sociedade que envolvem do sistema político à introdução de novas tecnologias. “Estamos vivendo uma mudança de eras na economia, na política, nos valores, nos modelos e nas relações sociais. Esse tempo novo precisa de novos olhares, mais contemporâneos, construtores da inovação como ferramenta da gestão pública que construa novas convergências”, defendeu.
A nova gestão responderá a esses desafios governando “online e on time”, tirando o gabinete do Palácio e incorporando novas formas de gestão pública. Defendeu abertura e interlocução constante com os demais poderes do estado.
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Leite destacou a necessidade de qualificar a educação como forma de transição entre o mundo analógico e os desafios dos novos tempos e que deve reduzir burocracia e destravar a inovação e a competitividade do setor produtivo do estado. Segundo o tucano, a socialdemocracia ancorada nos princípios de livre mercado e da proteção social “não está morta”.
O mandatário comentou que a nova gestão deve construir “consensos estratégicos” que valorizem as ideias em comum que permitam fazer o estado crescer e estender isso a todos a população. Essas ações devem considerar soluções para a crise fiscal do estado, aprofundada nos últimos anos. “O Rio Grande do Sul apresenta indicadores de dívida consolidada e despesas com pessoal acima dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal”, citou.
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O novo governador mencionou as obrigações em atraso tanto com servidores públicos como para fornecedores. A estimativa é que o deficit em 2019 seja de R$ 4 bilhões. E informou que o deficit no sistema previdenciário do estado estaria na casa dos R$ 11 bilhões.
Leite se dirigiu aos servidores do estado para dizer que vai buscar construir soluções mantendo sempre canais de diálogo. O aceno se dá após anos de conflito entre os trabalhadores e a administração estadual e frente ao desafio da fragilidade das contas públicas para garantir o pagamento dos salários e outras obrigações.
O novo titular do Palácio Piratini anunciou que na primeira reunião do secretariado, marcada para amanhã (2), serão anunciadas medidas emergenciais de contenção de gastos com pessoal e custeio. Mas que as medidas estruturais serão discutidas e aprovada nos primeiros meses da gestão.
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Após a cerimônia na Assembleia Legislativa, Eduardo Leite se dirigiu ao Palácio Piratini, onde ocorre a transmissão do cargo do governador juntamente com o político que deixa o posto, José Ivo Sartori.
Formado em Direito, Leite foi vereador em Pelotas, uma das maiores cidades do estado. Em 2012 foi eleito prefeito do município, mas não concorreu à reeleição em 2016. Após uma temporada fora do país, voltou e assumiu a presidência da legenda no estado.
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