Às vésperas do júri que definirá o destino do último dos réus ainda a ser julgado pelo chamado Caso Motocross, a advogada Tatiana Borsa, que faz a defesa de Renato Andrade Ferreira, de 36 anos, teceu duras críticas à ex-companheira de seu cliente. No podcast Papo de Polícia, ao comentar o andamento do processo, chamou de “estelionatária do Tinder” Patrícia D’Ávila da Luz, de 24 anos.
O crime, que gerou grande repercussão em Santa Cruz do Sul, teve como vítima Tiago Aliandro Kohlrausch, de 30 anos, em 23 de setembro de 2019. Patrícia, apontada como mandante da morte, foi sentenciada em 15 de setembro de 2021 a 16 anos de prisão – pena que foi posteriormente revertida para 13 anos e nove meses pelo Tribunal de Justiça do Estado, atendendo a apelo defensivo do advogado Roberto Weiss Kist.
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“É uma estelionatária do Tinder. Se a gente vê as provas no processo, ela escolhia a dedo suas vítimas, e escolheu a dedo o bobo do Renato”, disse ela. “Ele caiu de paraquedas nessa família. Em menos de um mês já estava aquele amor doentio, e em menos de dois meses estavam morando junto. A família da Patrícia, que não tinha muito recurso, via o Renato como uma fonte de renda”, complementou.
Ainda, a criminalista apontou as participações no delito. “A morte foi arquitetada pela Patrícia, que foi condenada, e pela mãe da Patrícia. Tanto que quando fui contratada pelo Renato, também fui conversar com a Patrícia quando ela estava solta, se ela tinha noção que podia ser presa, e ela só me dizia ‘tá bom’. Lembro que tirei minhas colegas de perto e disse que ela era culpada disso”, salientou Tatiana Borsa.
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Além de Patrícia, Gabriel Nascimento da Luz, de 55 anos, que é tio da mulher de 24 anos, também já foi condenado pelo caso. Ele foi sentenciado a 11 anos e oito meses de prisão no dia 18 de abril. Para essa mesma data estava marcado o julgamento de Renato. No entanto, ele teve um infarto por volta das 5h50, enquanto se deslocava para o município, e foi internado no Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre, não comparecendo à sessão. Em virtude disso, o Poder Judiciário já confirmou para o próximo dia 11 de julho, às 9h30, o júri de Renato. Espera-se que dessa vez o caso tenha, de fato, um desfecho.
Relembre o caso
O crime aconteceu na noite de 23 de setembro de 2019, uma segunda-feira, às 19h45. Tiago Aliandro Kohlrausch, que era mecânico concursado da Prefeitura de Santa Cruz do Sul, morreu com quatro disparos de pistola calibre 380, efetuados por matadores de aluguel, na garagem da casa dele, na Rua Walder Rude Kipper, no Loteamento Motocross, Bairro Arroio Grande.
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Renato e a sua companheira na época, Patrícia D’Ávila da Luz, foram indiciados pela 2ª Delegacia de Polícia (2ª DP) por homicídio triplamente qualificado. Patrícia é mãe do único filho de Tiago, que tinha 1 ano e 5 meses na época – hoje a criança está com 6 anos. Conforme as conclusões do delegado Alessander Zucuni Garcia, em um inquérito de 350 páginas, a mulher e o padrasto da criança planejaram e coordenaram o assassinato do funcionário público.
O objetivo seria afastar o pai biológico do filho. Gabriel Nascimento da Luz, tio de Patrícia e morador de Santa Cruz, teria levado os matadores contratados até a casa da vítima. Ele foi indiciado por homicídio duplamente qualificado. Os dois executores, que seriam de uma facção criminosa da Região Metropolitana, jamais foram localizados.
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