VÍDEO: do transporte escolar à produção de tabaco

São 5 horas e o casal Ivanir Francisco Ganzer, 32 anos, e Jucimara Coppini, 42, está acordado. Ele é condutor do transporte escolar; ela é a merendeira da escola. O perfil profissional dos moradores de Linha Brás, em Palmitos, Santa Catarina, parece fugir do estereótipo de quem vive da produção rural. Ledo engano.

Assim que termina o roteiro e deixa as crianças em segurança na instituição de ensino, Ganzer volta para casa e garante a manutenção da lavoura, plantando, cuidando e colhendo os 30 mil pés da variedade Burley. Claro que, na época da colheita da safra, até pela peculiaridade da planta, acaba tendo de agilizar o trabalho. E então vê a necessidade da contratação de mão de obra terceirizada, o que tem sido um problema.

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Os cerca de dois hectares dedicados ao tabaco, dos 6,9 da propriedade, garantem bom rendimento para a família, a ponto de criar outros mecanismos como fonte de renda, mas sem cogitar a possibilidade de deixar ou reduzir a plantação. “Antes eu atuava no meio rural e acabei me afastando um pouco, mas voltei, porque ocupo meu tempo ocioso e é algo de que eu gosto”, afirma.

Ganzer plantou em julho e já fez a colheita no final de dezembro. A safra está no galpão à espera da seleção, que conta com o suporte da companheira Jucimara nas horas vagas. Enquanto isso, fica na torcida para que a estiagem seja revertida a fim de garantir bom resultado para a soja, aplicada na resteva do tabaco.

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Suíno pode ser diversificação em Erval Seco

A família Manfio, em Linha Vista Gaúcha, no interior de Erval Seco, planta 30 mil pés de tabaco da variedade Burley. O trabalho envolve o casal Ítalo e Simone, além dos pais dele, Elo e Deloci. Com toda a safra colhida, eles estão em fase de secagem, que é feita ao natural, e seleção das folhas, que costumam ter uma coloração mais escurecida, aproximada do chocolate.

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Enquanto isso, Ítalo, que tem garantida a sucessão na propriedade, já encaminhou documentação a uma empresa frigorífica com intenção de montar um sistema integrado para criação de suínos. “Não temos intenção de mudar a matriz da propriedade, que vai continuar sendo o tabaco. É apenas uma forma de agregar renda”, adianta.

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